Propostas para garantir economia e combate à covid-19 foram abordadas pelo senador Lasier Martins (Pode-RS) no programa Frente e Verso da manhã de hoje. Entre elas, o projeto que destinaria R$ 2 bilhões previstos para o Fundo Eleitoral aos afetados pela pandemia.
Para Martins, é preciso eliminar o que for supérfluo no momento e usar os recursos no combate à doença e consequências para apoiar a recuperação do país. “Infelizmente o Davi Alcolumbre (presidente do Senado) não quer nem ouvir falar sobre o assunto”, lamentou ao destacar a dificuldade da proposta entrar em pauta.
O senador destacou que o governo federal já “raspa os cofres públicos, a Caixa Econômica Federal e o BNDES”. Mesmo assim, há previsão de deficit de R$ 900 bilhões nas contas públicas brasileiras até o fim do ano.
Martins destacou ainda ser favorável a manutenção do Fundo Partidário. Conforme ele, esses recursos sustentam as sedes e bases dos partidos nos municípios.
Economia no Senado e diminuição de juros
Outra proposta de Martins prevê o corte de gastos no Senado. Conforme ele, a casa possui um orçamento de R$ 4 bilhões. “É muito dinheiro para 81 senadores”, opina.
Outra proposta que Martins é relator prevê diminuição dos juros do cartão de crédito e cheque especial em 30% ao ano até dezembro de 2020. “Não queremos interferir na liberdade de mercado. Acontece que muitos anos os bancos exploram o cidadão com os juros”, defende. “Temos juros de 150% a 300% ao ano. Isso é estratosférico”, complementa.
A proposta é do senador Alvaro Dias (Pode-RS). Conforme Martins, o projeto iria para pauta do Senado na semana passada, entretanto Alcolumbre cancelou a reunião sob alegação de “visita à mãe” que foi diagnosticada com a covid.
Adiamento das eleições
A possibilidade do pleito municipal de 2020 ser transferida para fim de novembro ou começo de dezembro também foi abordado por Martins. O senador se mostrou favorável e afirmou que “tudo indica” que haverá mudança nas datas.
“Não há tempo para fazer convenções e preparação de campanha se a gente não consegue se reunir”, percebe.
O ministro Luís Barroso deve assumir, na próxima semana, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Conforme Martins, ele já demonstrou “simpatia” pelo adiamento do pleito que está previsto atualmente para o dia 4 de outubro.
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