Estudantes da Univates tentam voltar da Colômbia

NA COLÔMBIA

Estudantes da Univates tentam voltar da Colômbia

Intercambistas tinham voo marcado, mas país vizinho fechou fronteiras aéreas e terrestres até o fim de junho

Estudantes da Univates tentam voltar da Colômbia

Um grupo de cinco estudantes da Univates está na Colômbia desde o dia 26 de janeiro. Os intercambistas tinham voo de volta marcado para 30 de junho. Com a quarentena, os estudantes não puderam visitar os locais que pretendiam e decidiram adiantar o retorno ao Brasil.

As fronteiras e os aeroportos estavam fechados até 30 de maio. A estudante de Educação Física Fernanda Delazeri, de 21 anos, conseguiu mudar a passagem para 1º de junho.

“Estava perfeito! Mas ontem o presidente publicou um decreto que fecha as fronteiras aéreas e terrestres até 30 de junho e é provável que seja estendido por mais um mês”, afirma.

Os estudantes têm aulas à distâncias até o fim de junho. Hoje, será disponibilizado pagamento do último mês de bolsa acadêmica. Sem perspectiva de retorno antes de agosto, eles foram aconselhados a pedir empréstimo aos familiares para se sustentarem durante a quarentena.

Os intercambistas estão hospedados em casas de famílias, mas precisam contribuir com o custeio da estadia. “Estamos em cinco brasileiros sem conseguir voltar para casa. Viemos para estudar, mas estamos desde 20 de março trancados em casa esperando o dia do voo. Agora estamos presos por mais 2 meses”, avalia a estudante.

Tudo fechado

Fernanda relata que o comércio está fechado desde 20 de março no país. Só funcionam estabelecimentos essenciais como supermercados e farmácias. O restaurante pode abrir, mas somente para entrega. O uso de máscaras é obrigatório. Foi criado um rodízio por gênero, homens só podem sair em dias ímpares e mulheres, em dias pares.

Na semana passada, foi anunciado relaxamento na quarentena. Até as 10h, a população pode sair de casa para fazer exercícios.

Sem voo de repatriação

Uma das esperanças dos estudantes era um voo de repatriação. Porém, o último ocorreu ainda em abril. O grupo mantém contato com a embaixada brasileira, mas não há perspectiva de novo voo.

Outro empecilho é o custo. Rafaela conta que a viagem repatriação vai até São Paulo e custa U$ 450 (dólares), o equivalente às passagens de ida e volta de Porto Alegre a Bogotá ou a dois meses de bolsa.

Diálogo difícil

Além da restrição aos aeroportos, a relação entre os dois países, por terra, também não é fácil. O governo colombiano busca estabelecer medidas de prevenção comuns entre os dois países nas cidades fronteiriças.

Após reuniões com os ministérios da Saúde e das Relações Internacionais do Brasil, o ministro da Saúde colombiano, Fernando Ruiz, afirmou que o diálogo com o governo brasileiro é “absolutamente difícil”.

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