A partir da próxima semana, a Univates dá início a uma pesquisa que vai aplicar testes rápidos no município de Lajeado. O projeto é uma parceria entre Tecnovates, governo municipal e BRF. O objetivo é criar uma amostragem aproximada da real situação do coronavírus na cidade.
“A gente sabe que Lajeado hoje está em evidência pelo alto número de casos. Para que o poder público possa tomar decisões, é muito importante termos conhecimento efetivo de como está a contaminação na nossa cidade”, afirma a diretora de Inovação e Sustentabilidade do Tecnovates, Simone Stülp.
Alguns detalhes em relação à quantidade de testes e à metodologia ainda estão sendo definidos entre governo e universidade.
De acordo com o que apurou a reportagem, deve ser realizados mais de dois mil testes rápidos. A informação não é confirmada pelas instituições.
A pesquisa será administrada pelo Tecnovates e seguirá os moldes do trabalho realizado pela Universidade Federal de Pelotas a nível estadual. A pesquisa da Ufpel não faz testes no Vale do Taquari. A BRF doou 400 testes rápidos para o e os demais foram adquiridos pelo município.
Hoje, a universidade deve lançar o edital para seleção de alunos da área da Saúde e funcionários, que aplicarão os testes. A aplicação da pesquisa nas residências deve iniciar no fim da próxima semana.
De porta em porta
De acordo com a professora dos cursos de Medicina e Enfermagem da Univates Ioná Carrero, a testagem de pelo menos mil pessoas permite ter uma noção bastante próxima da realidade.
“Temos que ter uma amostra real da cidade, de todas as partes, incluindo todos os extratos de renda. Essa amostra será realmente representativa da população”, diz.
As pesquisas serão aplicadas por equipes compostas por dois coletadores, devidamente identificados por uniforme e crachá.
Teste e questionário
Eles visitarão as residências, aplicando em um dos moradores o teste rápido, que detecta a presença do vírus, e um questionário. As perguntas abordam o comportamento em relação às medidas de prevenção e a incidência de outras doenças, como diabetes e obesidade.
A pesquisa será aplicada em duas ou três etapas. A tendência é que sejam testadas as mesmas pessoas.
Os aplicadores receberão Equipamentos de Proteção Individual (EPI), que devem ser trocados a cada visita. As abordagens seguirão os protocolos de atuação determinados pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde.