A BRF protocolou ontem um pedido à Justiça para abater 1,1 milhão de frangos e 500 mil porcos na unidade de Lajeado, utilizando 100 funcionários, durante o período de 15 dias em que o funcionamento está suspenso. O pedido foi negado pelo Judiciário.
No pedido, a BRF afirma que a unidade abate diariamente 460 mil aves e 4 mil cabeças de suínos. A empresa pondera ainda que “ainda persiste um enorme plantel de animais no campo que precisam ser abatidos, em razão do ciclo de vida das aves e dos suínos.”
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No despacho, a juíza Carmen Luiza Barghouti, do Fórum de Lajeado, alega, com base em portaria da Fepam, que a matança somente é permitida após esgotadas todas as possibilidades. No entendimento da juíza, não foram esgotadas a
“A narrativa da demandada refere como tentativa de remanejamento apenas para suas unidades, para empresa Minuano e para a empresa Nicolini e não em todos os frigoríficos da região”, diz a conclusão do despacho. O pedido e a decisão são desta quarta-feira, 13.
Novo pedido
Hoje, a BRF fez um pedido de reconsideração de decisão. Entre os novos argumentos, a empresa alega que não tentou apenas os dois frigoríficos citados no despacho.
“Não só as empresas terceiras MINUANO e NICOLINI, mas todos os frigoríficos e abatedouros da região de Lajeado já se encontram igualmente limitados a atender o plantel existente no campo, pois já estão trabalhando com redução de empregados e redução da produção”, diz trecho do pedido.
A empresa alega ainda que tem um plano de remanejamento de parte da produção da unidade de Lajeado para estabelecimentos localizados em Santa Catarina. O planejamento prevê abate de cerca de 2 milhões de aves em duas unidades do estado vizinho, localizadas nos municípios de Videira e Capinzal.
Até o fechamento desta matéria, o pedido não havia sido analisado pela Judiciário.