Estado apresenta situação dos frigoríficos à União

AGRONOTÍCIAS

Estado apresenta situação dos frigoríficos à União

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Estado apresenta situação dos frigoríficos à União
Covatti destaca criação de força tarefa para manter abastecimento. Foto: Divulgação
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Dando continuidade às discussões iniciadas ontem, nesta manhã de terça-feira, nova videoconferência foi realizada para tratar sobre as unidades frigoríficas fechadas por determinação judicial na semana passada.

Apesar da manifestação de interesse de todas as partes em encontrar uma solução para o problema, o impasse ainda permanece. De acordo com o procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Rio Grande do Sul, Dr. Fabiano Dallazen, após a reunião de ontem, houve progresso nas discussões entre as empresas e o MP, no entanto, ainda não se chegou a um consenso que permitisse a reabertura das unidades.

A reunião de hoje teve a presença da secretária de saúde do Estado, Arita Bergmann, que garantiu o interesse do governo estadual em reabrir as unidades, desde que sejam respeitadas as normativas que garantam a segurança de todos os trabalhadores, evitando a disseminação do vírus. De acordo com a secretária, a empresa BRF já fez contato solicitando nova auditoria.

Segurança em primeiro lugar

Para o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, “é preciso garantir a segurança dos trabalhadores, pois a vida está sempre em primeiro lugar. Porém, temos que encontrar um meio termo para que as unidades voltem a funcionar, mesmo que seja com a produção reduzida. O que não podemos é paralisar um setor tão sensível quanto este. Produtores e sociedade em geral necessitam dos frigoríficos em funcionamento”.

Silva: a vida está em primeiro lugar. Foto: Divulgação

Joel espera que o acordo seja firmado em breve, para que nos próximos dias as unidades sejam reabertas, mesmo que parcialmente.

O secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, foi definido a criação de uma força-tarefa conjunta com áreas da Saúde e Meio Ambiente para prevenir contágio de Covid-19 em trabalhadores de frigoríficos e, assim, manter a produção e a normalidade do abastecimento de alimentos.

“Precisamos garantir tanto a saúde dos trabalhadores quanto a qualidade dos produtos ofertados por essas empresas”, ressaltou a secretaria da Saúde, Arita Bergmann.

“Não é nosso desejo fechar empresas, pelo contrário, queremos estimular o abastecimento de carnes no Estado, mas é fundamental que os ambientes industriais e os produtos ofertados sejam seguros e devidamente fiscalizados.”

Informação é tudo

A diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Rosângela Sobieszczanski, reiterou a importância das empresas notificarem às autoridades sanitárias municipais assim que houver casos suspeitos de Covid-19 e também realizar o isolamento deste funcionário. “Para vigilância, informação é tudo. Sem as informações, não é possível realizar as ações necessárias em tempo oportuno.”

Também participaram da reunião, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ernani Polo; promotores do Ministério Público, diversos deputados estaduais que representam a agricultura e a pecuária gaúcha, técnicos das secretarias de agricultura e de saúde, representantes das empresas e das entidades do setor.

Impacto da paralisação

Um levantamento da Associação Gaúcha de Avicultura mostra o impacto em números nas unidades frigoríficas afetadas pela paralisação: BRF e Minuano de Lajeado e JBS de Passo Fundo.

Empregos diretos – 7,7 mil

Empregos indiretos – 3.532

Produtores integrados – 1.458

Abate de aves por ano – 232 milhões – 28% do total no RS

Abate de suínos por ano – 972 mil – 12% do total no RS

Faturamento – R$ 224 milhões

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