• Quando você começou a usar as redes sociais para se comunicar com os clientes?
Desde o primeiro dia. Percebo a diferença no resultado das vendas. Hoje, se não fossem as redes sociais, eu venderia menos da metade. Comecei como um bico e hoje é meu negócio principal. Meus grandes trunfos são o Whatsapp e o Facebook.
• O que diferencia sua comunicação é que você usa um tom irreverente. Alguém te ajuda a produzir o material?
Eu faço tudo sábado de manhã. Sento, dou uma olhada no que aconteceu durante a semana e tento fazer uma piada, levar para o lado engraçado. Mas é tudo feito na hora. Das 8h às 9h eu penso alguma coisa, faço um comparativo e a notícia da semana tem que terminar com frango assado. E as pessoas criam expectativa: ‘o que esse louco vai inventar essa semana?’
• Qual vídeo teve mais repercussão?
Positiva ou negativa? (risos) Teve algumas que deram repercussão negativa. É que o pessoal interpreta mal. Acaba outras pessoas me defendendo, porque entendem que eu estou brincando. Eu não gosto de discutir, jamais brigo ou entro em desavença. Teve uma que foi medonha. Tinha um pole dance e uma gordinha pendurada. Eu peguei o frango e fiz a comparação. Ali eu apanhei das mulheres, foi feia a pegada. E uma que foi bem legal, deu um boom, foi aquela época da campanha “O Brasil que eu quero”, do Jornal Nacional. Aí eu fiz “O Bom Retiro que eu quero”, tudo com frango.
• Você tem um boneco que acompanha nos vídeos. Quem é ele?
É o Frangolino. Ano passado, eu fiz o “Meu frango, minha vida”, deu uma repercussão muito boa também. Aí, resolvi fazer uma fachada nova e um nome novo, porque a ideia é expandir para outras cidades. Pedi para os clientes sugerirem nomes. Deu mais de cem nomes. Ali surgiu Frangolino. Ele é um mascote. Eu distribuí alguns no Dia das Crianças, elas adoram. Então ele também ajuda no meu marketing.
• Seus vídeos costumam ser bem engraçados. É o Alisson ali ou um personagem que você criou?
Eu dei uma forçada na voz e acabou ficando entre o Silvio Santos e eu. E faço toda a propaganda com avental e touca. Às vezes as crianças não me identificam na rua. É bem legal, eu me divirto bastante e acabo ganhando dinheiro com isso.
• O que os clientes podem esperar pro futuro?
A gente nunca para de investir para melhorar o nosso espaço. Não somos um modelo de franquia, porque fomos criando devagarinho. Mas temos a noção de que tem que ir devagarinho, porque o cliente de Bom Retiro gosta de ver que a pessoa está progredindo. Agora vamos fazer uma fachada nova. A ideia é um dia expandir para outras cidades, mas a gente tem um pouco de medo. Com essa crise, botamos um pouco para dormir esse projeto.