As unidades prisionais são motivo de preocupação desde a primeira infecção de coronavírus registrada no Brasil, em fevereiro deste ano. As aglomerações comuns a realidade das cadeias brasileiras seriam um agravante para a proliferação do vírus. No Presídio Estadual de Encantado, um servidor testou positivo para covid-19.
O funcionário trabalhou no dia 4 de maio. Após o expediente, o homem notou febre e tosse seca. Ele procurou atendimento no Hospital Bruno Born (HBB), em Lajeado, onde reside. O agente penitenciário está em isolamento domiciliar desde então. Nesta segunda-feira, confirmou-se ser um caso de coronavírus.
“Estamos seguindo os protocolos. A partir da semana que vem todos os servidores serão examinados”, declarou o administrador do presídio, Antônio Tomé.
Os protocolos pedem que se aguarde 12 dias para o exame para que os possíveis infectados possam apresentar sintomas. Segundo Tomé, os funcionários que constatarem contágio serão afastados e a Superintendência dos Serviços Penitenciários, SUSEPE, deve reorganizar a equipe para que não haja deficit no serviço.
A Penitenciária Estadual de Encantado conta com 14 servidores.
Segurança dos presos
Desde os primeiros contágios no país, os cuidados com a higiene foram redobrados na penitenciária de Encantado. Segundo a adminsistração do presídio, os apenado utilizam máscara e óculos para proteção individual. A última etapa de vacinação contra a gripe tinha os agentes penitenciários e as pessoas privadas de liberdade entre os públicos-alvo.Um grande contingente de presos foram imunizados em Encantado.
“Infelizmente, nem todos aceitam tomar vacina. Nós não podemos fazer nenhuma interferência física sem o consentimento dos presos. Os que foram resistentes a vacina assinaram um documento dizendo que estavam cientes dos riscos”, lamenta Antônio Tomé.