Entidades e Assembleia tratam sobre fechamento de frigoríficos
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AGRONOTÍCIAS

Entidades e Assembleia tratam sobre fechamento de frigoríficos

Unidades empregam mais de sete mil pessoas e quase 1,5 mil produtores integrados

Entidades e Assembleia tratam sobre fechamento de frigoríficos
Sem conseguir alojar, produtores devem amargar grandes prejuízos no campo
Estado

Em videoconferência realizada na manhã desta segunda-feira, convocada pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ernani Polo, as entidades da proteína animal discutiram o setor durante a pandemia do Coronavírus, em especial o fechamento de unidades frigoríficas.

Na semana passada, por determinação judicial, unidades frigoríficas foram fechadas em Lajeado e Passo Fundo, afetando diretamente o abate de frangos e suínos. De acordo com dados apresentados pela Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), as unidades paralisadas empregam mais de sete mil pessoas e tem 1.458 produtores ligados a elas.

De acordo com o procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Rio Grande do Sul Fabiano Dallazen, as unidades interditadas são o grande foco de disseminação do Coronavírus na região, única classificada pelo governo estadual como bandeira vermelha no novo modelo de classificação proposto pelo executivo.

Ainda segundo Dallazen, todas as alternativas propostas antes do fechamento não foram suficientes para conter o avanço do vírus dentro das plantas, considerando que os funcionários tem contato com outras pessoas dentro da unidade, mas também nos deslocamentos até o trabalho e nas suas casas.

Para o Ministério Público, não há como manter a produção em sua totalidade, com todos os funcionários trabalhando simultaneamente.

Problemas sérios

O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, entende ser válida a preocupação do MP, no entanto chama atenção para os sérios problemas causados com o fechamento total das plantas frigoríficas.

Se o produtor de aves, suínos e leite não manter a regularidade, ele desestabiliza a produção e todo o setor que, diferentemente de outros, precisaria de muito mais tempo para retomar sua atividade normal, sendo que alguns produtores talvez nem consigam retomá-la”, explica.

Silva diz ser fundamental preservar a vida dos funcionários e seus familiares, mas caso esta paralisação persistir pode haver desabastecimentos nos supermercados.

Outra reunião será realizada nesta terça-feira, às 8h30min, desta vez incluindo a Secretaria da Agricultura e a Secretaria da Saúde.

Abates sanitários

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) Francisco Turra, já há pedidos por parte da BRF, outra empresa que está paralisada por determinação da Justiça, de local apropriado para que cerca de 400 mil aves/dia e 4 mil suínos/dia sejam enterrados, resultado de possíveis abates sanitários.

E não há como enviar para outra planta frigorífica estes animais porque as indústrias não podem operar com mais velocidade pois foi assinado um Termo de Ajuste de Conduta com o Ministério Público do Trabalho”, explica.

Protesto em Passo Fundo

Uma carreata reuniu na manhã desta segunda-feira, produtores integrados ao frigorífico da JBS em Passo Fundo. Eles protestavam contra uma decisão da prefeitura que na sexta, 8, interditou a unidade da empresa no município por 15 dias. O grupo pedia a reabertura da empresa.

A projeção é que deixe de circular na cidade cerca de R$ 10 milhões com a paralisação da unidade.

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