O governo do estado projeta para o fim de junho o pico de contágios para o Rio Grande do Sul. Até lá, os casos de covid-19 devem seguir em escalada e testar a nossa capacidade de enfrentar o vírus.
Até o momento, o RS é um dos estados da federação com as melhores situações. Mesmo assim, são mais de 2,2 mil casos confirmados e quase 100 mortes por coronavírus. Ou seja, o quadro mais favorável em relação ao restante do país não pode permitir um afrouxamento nos cuidados necessários para conter o avanço da pandemia.
No cenário estadual, no entanto, o Vale do Taquari, lamentavelmente, é destaque negativo. Junto com a região de Passo Fundo, Lajeado desponta com um número expressivo de casos, o que faz o Piratini impor duras restrições para as atividades econômicas locais, como o fechamento do comércio em datas importantes como a Páscoa e o Dia das Mães.
Nesta semana, a pedido do Ministério Público, o Judiciário determinou a suspensão parcial das atividades na Minuano e a interdição da BRF. Dois dos maiores frigoríficos da região, portanto, são afetados por concentrarem casos de coronavírus. Independente do mérito da decisão, trata-se de dois empreendimentos importantes do setor e suas consequências econômicas serão significativas.
Ou seja, o fato de Lajeado e região despontarem na quantidade de contágios traz prejuízos consideráveis para o Vale do Taquari. Tanto no comércio como na indústria de alimentos, os impactos já são sentidos e colocam em xeque milhares de empregos e rendas.
Além de importante, sobretudo, para salvar vidas, achatar a curva de contágios é condição para que a região possa retornar à normalidade o mais rápido possível. A população precisa cooperar com as orientações de distanciamento. O comportamento social adequado neste momento é fator decisivo para que muitos negócios mantenham a sua viabilidade.
