Começa nesta segunda-feira, 11, a terceira etapa de vacinação contra três tipos de vírus Influenza mais comuns no Brasil: a H1N1, H3N2 e Influenza B.
Essa fase da imunização será dividida em dois momentos. Entre o dia 11 até 17, será voltada para bebês de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, puérperas no pós-parto até 45 dias e pessoas com deficiência. Do dia 18 até 5 de junho, serão incluídos professores das escolas públicas ou privadas e adultos de 55 a 59 anos de idade.
Nos 37 municípios da 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), expectativa é abranger um público de 56,9 mil pessoas. Nessa sexta-feira, 28 mil doses foram enviadas às cidades, o que corresponde a 49% das vacinas necessárias.
As vacinas contra gripe são produzidas pelo Instituto Butantan, em São Paulo. Ao longo da campanha que perdura até 5 de junho, serão entregues 79 milhões de doses para a vacinação de no mínimo 90% dos grupos prioritários no território nacional.
Outras etapas
Voltada para idosos e trabalhadores da saúde, a primeira fase superou expectativas na 16ª CRS. Foram aplicadas 7,9 mil doses nos profissionais da saúde (119% do público-alvo) e 51,3 mil em idosos (103%).
“Considerando o público trabalhador da saúde, nossa cobertura é a melhor dentre as 19 regionais do estado”, comemora o coordenador-adjunto da 16ª CRS, Ederson da Rocha.
A segunda etapa não alcançou a expectativa de 90% do público na 16ª CRS. Os dados repassados na tarde de ontem acompanham a média nacional que também foi abaixo do esperado.
Ao total, foram 6,7 mil vacinas aplicadas em pessoas com doença crônica (38%), 327 em apenados ou adolescentes com medidas socioeducativas (66%), 214 em indígenas (86%), 78 em funcionários do sistema prisional (100%), 387 em profissionais das forças de segurança (104%), 1,6 mil em caminhoneiros (27%) e 131 em profissionais de transporte coletivo (11%).
Em toda a campanha de vacinação, a coordenadoria regional estima abranger uma população de 139,4 mil pessoas.
Preocupação com o inverno
A vacinação contra a influenza se torna ainda mais importante com a chegada dos dias mais frios. Isso porque a imunização protege contra doenças respiratórias comuns no inverno.
Diminuir a quantidade de pessoas infectadas por outras gripes foi um dos motivos que fez o Ministério de Saúde antecipar o período de imunização em março.
Para Ramatis de Oliveira, professor de imunologia do curso de Medicina da Univates, em dois meses, com o auge do inverno, pode surgir uma segunda onda da covid-19 e gerar lotação em hospitais.
Pneumologista Aline Costa Mathias alerta que a covid-19 ganha força com as temperaturas mais baixas.