Nessa semana, magistrados definiram a interdição parcial da Minuano Alimentos e fechamento integral da BRF em Lajeado. A JBS, de Passo Fundo, também teve suas atividades totalmente suspensas por 15 dias. Diante das decisões da justiça, entidades do setor primário se manifestaram por meio de comunicados.
A Federação dos Trabelhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul, FETAG-RS, destaca o fato da alteração nas cadeias produtivas previstas com o fechamento dos frigoríficos.
“Por trás das ordens judiciais que fecham unidades frigorificas existe um produtor que investiu em sua criação, teve despesas, tem compromissos a honrar e que agora vê uma porta se fechando. Ainda, é preciso considerar o consumidor que poderá enfrentar a falta de carnes de aves e de suínos”, declara a FETAG-RS, em nota.
A Associação Brasileira de Proteína Animal – ABPA, a Associação Gaúcha de Avicultura – ASGAV e o Sindicato de Produtos Avícolas no Estado do Rio Grande do Sul – SIPARGS também receberam com indignação as informações. As associações e o sindicato emitiram nota conjunta que destacam riscos na economia e no meio ambiente.
Quanto à economia, a inflação e o desabastecimento são os fatores que preocupam: “Unidades fechadas podem significar ausência de produtos nos supermercados. Processos que promovam diminuição da oferta de alimentos podem, no futuro, levar ao caos social.”, declaram as entidades.
Em relação aos problemas ambientais decorrentes da falta de escoamento de aves e suínos, as organizações defendem que “uma agroindústria processa milhares de aves e suínos, todos os dias. Com as atividades paradas por um período longo, o único destino possível para estes animais não abatidos é o aterro sanitário”, afirmam em nota.
As entidades, declaram ainda, que as medidas determinadas pela justiça tem “bases técnicas superficiais levam a graves equívocos de informação”, conforme a nota.