O programa Frente e Verso desta quarta-feira (6), recebeu o prefeito Marcelo Caumo para saber a real possibilidade da abertura do comércio de amanhã até sábado e sobre a possibilidade de fechamento das plantas da Minuano e BRF.
Segundo o prefeito, a reunião virtual com o governador Eduardo Leite, na segunda-feira (4), serviu para confrontar os números utilizados pelo governo do Estado para colocar Lajeado na bandeira vermelha de risco à covid-19. O principal dado confrontado, segundo Caumo, é a capacidade hospitalar, que teve o pico de ocupação no dia 28 de abril, sendo colocado em prática a partir daí um planejamento para ampliação dos leitos, informação que o Estado não tinha.
Devido a esses novos elementos, após os dados serem alimentados no sistema no Estado, será recalculado os níveis de risco, com chances para abertura do comércio na véspera do Dia das Mães.
Outro argumento utilizado pelo prefeito é a necessidade de internação em relação aos novos casos. Nas últimas 24 horas, foram contabilizados 24 novos casos, porém, apenas um deles necessitou de internação. Contudo, o prefeito salienta a importância do distanciamento, pois esses casos que não necessitaram internação, são possíveis transmissores do vírus.
Quanto a concretização da expectativa de reabertura do comércio na região, Caumo diz que o governador se baseará em dados objetivos. Sendo cruciais os dados que serão alimentados pelos hospitais da região no sistema do Estado.
Quanto ao caso das empresas Minuano e BRF, o prefeito diz que vem analisando os números dia a dia e, na última semana, os números de funcionários das duas empresas que procuraram o sistema de saúde reduziu drasticamente. Caumo salienta que os efeitos colaterais do fechamento das empresas neste momento são inimagináveis, com reflexos em toda a região.
Marcelo Caumo cita o relato das agentes de saúde do município, que percorrem os bairros e conhecem grande parte dos trabalhadores dessas empresas. Segundo as agentes, essas pessoas não conseguem cumprir o isolamento. Portanto, para o prefeito, elas seriam retiradas de um local onde é feita a análise médica todos os dias, para voltar para casa sem a condição de cumprir o isolamento adequado e, caso esteja contaminado, disseminar o vírus.
Confira a íntegra da entrevista: