Com o objetivo de melhorar, recuperar e proteger o solo, o bovinocultor de leite e suinocultor Rafael Horst, de Linha Roncadorzinho, adota uma prática considerada milenar.
Em uma área utilizada sucessivamente com o cultivo de milho para a silagem, Horst semeará quatro hectares com tremoço, a ser incorporado à área de milho. A opção pela cultura, de acordo com o agricultor, é porque a leguminosa possui excelente resultado na produtividade do milho e ainda por fornecer biomassa e nitrogênio para o solo.
Além disso, a planta não tem muita exigência em termos de fertilidade do solo. Horst utiliza dejetos suínos e bovinos armazenados na estrumeira da propriedade. O resultado disso é um aumento da produtividade e da qualidade da lavoura de milho, com redução de custos e de aplicação de adubos químicos, completa.
Vantagens
Numa análise das vantagens do tremoço, o agricultor faz um comparativo com a soja que, como leguminosa, impediria a conclusão de suas safras de milho ao ano. Se a adubação for bem manejada, ela deixará uma média de 450 quilos de nitrogênio por hectare no solo, o que é fundamental para a boa condução da rotação de culturas, comenta o produtor.
Opções variadas
Conforme a extensionista da Emater/RS-Ascar, Lídia Dhein, além do tremoço, outras variedades de adubos verdes de inverno, como a aveia preta e o nabo forrageiro, também podem ser utilizados.
Estes ajudam a recuperar e manter a estabilidade e a durabilidade da capacidade produtiva do solo, e também como agente de controle de ervas daninhas. Agora é a época ideal para a adoção e o plantio da leguminosa, avalia Lídia.
“O resultado do uso da adubação verde será um milho de qualidade, para ser utilizado como silagem no alimento de animais”, destaca.