O Pró-Reitor Administrativo da Univates, Oto Roberto Moerschbaecher, participou do programa A Hora Bom Dia, da Rádio A Hora 102.9, na manhã desta quinta-feira, e esclareceu as estratégias de sustentabilidade do ensino privado frente ao momento enfrentado pelo país.
O pró-reitor também atua como presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Instituições Comunitárias de Educação Superior no Estado do Rio Grande do Sul (Sindiman) e explica que a crise enfrentada pelas universidades do estado ocorre há cerca de três anos. “A situação tem relação com a diminuição de ofertas de vagas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies)”, esclarece.
Moerschbaecher afirma que gastos com estruturas, parques tecnológicos e projetos de prestação de serviço para a comunidade seguiram, mesmo com a diminuição de alunos. “Passou a existir um desiquilíbrio entre receita e despesas.”
Segundo o pró-reitor, as universidades que não perderam alunos, tiveram a migração deles para o sistema EaD. Moerschbaecher ainda explica que as aulas que estão sendo oferecidas agora para os estudantes do presencial não podem ser comparadas ao ensino a distância. “As aulas são síncronas e o aluno recebe o conteúdo como se estivesse na sala física”, explica.
O pró-reitor também defende que o ato do estado em solicitar a redução das mensalidades é inconstitucional. “Não vendemos mensalidades, vendemos uma semestralidade com forma de pagamento mensal. Em janeiro e fevereiro deveríamos devolver o valor por não ter aula?”, questiona.
Neste período, Moerschbaecher esclarece que a Univates criou um grupo de apoio para analisar os casos de cada aluno e ainda possibilita financiamentos próprios.