“O comércio não é o vilão”, afirma Aquiles Mallmann sobre os contágios em Lajeado

Lockdown

“O comércio não é o vilão”, afirma Aquiles Mallmann sobre os contágios em Lajeado

Presidente da CDL cobra maior fiscalização quanto a pontos de aglomeração

“O comércio não é o vilão”, afirma Aquiles Mallmann sobre os contágios em Lajeado
Foto: Laura Mallmann
Lajeado

O programa Frente e Verso desta quarta-feira, dia 29, recebeu Kiko Weimer e Aquiles Mallmann, presidentes do Sindilojas e CDL, respectivamente, para debater o atual cenário do comércio e o lockdown do fim de semana.

Aquiles Mallmann questiona algumas colocações feitas por vários órgãos, colocando o comércio como grande vilão pelo alto número de contágios em Lajeado. Segundo ele, nos nove dias de reabertura do comércio, a maioria dos estabelecimentos está com faturamento de 10 a 30% do habitual, devido ao baixo movimento.

Para o presidente da CDL, as aglomerações estão nas filas dos bancos, por exemplo, onde segundo ele não há fiscalização. Os bares onde as pessoas se aglomeram para beber cerveja, jogar carteado ou bocha, também são citados como pontos críticos para disseminação do vírus.

Para exemplificar o baixo movimento do comércio, Kiko Weimer cita que ontem pela manhã apenas um cliente adentrou a sua loja. Para o presidente do Sindilojas, as aglomerações nas residências, como aniversários, jantares e reuniões sociais também são responsáveis pela disseminação.

Quanto ao lockdown, ambos dizem que por conta do feriado da sexta-feira, esses três dias não farão diferença, já que o faturamento já é muito baixo. Percebe-se também uma mudança de comportamento da clientela, que segundo eles está comprando somente o extremamente essencial. Segundo eles, o comércio terá que se reinventar para poder sobreviver aos novos tempos.

Kiko Weimer traz dados de uma pesquisa realizada com 17 escritórios de contabilidade que prestam serviços para pequenas e médias empresas, que dão conta de 320 demissões desde o dia 20 de março, além de 595 suspenções de contrato de trabalho, quase 500 acordos de redução de jornada de trabalho, além de mais de mil concessões de férias.

Aquiles Mallmann faz questão de salientar que o comércio não é o vilão, mas aliado da comunidade neste momento, por estar fiscalizando com rigor e obedecendo todas as orientações das autoridades de saúde.

Ouça a íntegra da entrevista:

 

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