O deputado federal, Henrique Fontana, do PT, concedeu entrevista ao programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, e expôs o posicionamento da bancada oposicionista ao governo de Jair Bolsonaro após os recentes acontecimentos de mudanças.
Segundo o deputado, o momento de pandemia que o país enfrenta precisaria de uma união e de uma ação política coordenada. “O que temos visto, com ações, é que o presidente não está preparado para conduzir o país”, afirma.
“Ele aposta na discussão com aqueles que pensam diferente. Diante do risco de perda de diversas vidas no país, ele chegou a contestar as medidas de orientação da OMS e de autoridades de saúde”, esclarece. Uma das evidências, conforme Fontana, foi a demissão do ministro da saúde que cumpria com as medidas de prevenção consideradas eficientes.
Em relação ao impeachment, Fontana expõe que o momento não é adequando para abertura do processo. “Primeiro devemos atravessar a pandemia, ter a saúde como prioridade”, esclarece. Para o deputado, neste momento, o foco da Câmara deve ser a votação de um projeto de proteção de empregos.
Segundo o deputado, nas próximas semanas, o processo de impeachment será debatido e fundamentado. “Vamos buscar assinaturas de entidades civis, como por exemplo a Ordem dos Advogados do Brasil”, esclarece.
Contribuição do congresso
Questionado sobre a contribuição do Congresso Nacional em meio a pandemia, Fontana acredita que todos os setores que possuem altos salários devem pagar uma taxação específica. “O enfrentamento dessa guerra contra a pandemia vai perdurar por alguns anos. O auxílio emergencial deve durar por mais um ano”, defende.
Para Fontana, o dinheiro para contribuir com o não empobrecimento da população deve vir de três fontes. “O primeiro é o endividamento responsável do estado. O segundo, são as reservas do país. E, por fim, a votação de um pacote de emergencial de impostos socialmente justos”, explica.