Dúvidas da população e o avanço da covid-19 foram abordados em live realizada pelo prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo e convidados na noite de hoje. O município chegou a 51 casos de coronavírus confirmados.
Caumo mostrou preocupação com o número e citou mudanças impostas em decreto publicado na sexta-feira. Entre elas, restrições nos horários e funcionamento de bares, restaurantes e food trucks. “Não é momento de relaxar. Não é hora de lazer”, afirmou ao citar movimentos de pessoas no fim de semana.
Secretário de Saúde, Cláudio Klein, se esperava o aumento da curvatura da doença após a Páscoa. Conforme ele, o foco da contaminação no município iniciou com casos de uma viagem de cruzeiro. Após, passou a ser em frigoríficos e, agora, caminha para se tornar comunitário (quando é difícil definir a causa).
Conforme Klein, mudanças estão previstas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com uma ala exclusiva para atendimentos a pacientes com suspeitas da covid-19. Também informou a instalação de 40 leitos hospitalares na Univates para atendimento a pessoas com sintomas leves.
Hospital Bruno Born (HBB)
Dos 13 leitos disponíveis na UTI covid-19 do HBB, 11 estão ocupados, relata o vice-presidente, Marcos Frank. Segundo ele, a UTI adulta também possui uma lotação de 80% a 90% dos leitos. “Se continuar aumentando, nós corremos o risco de ter de internar pacientes graves fora de Lajeado”, afirmou.
Volta às aulas
Caumo informou que aguarda medidas do governo estadual relativas à volta das aulas. A expectativa, segundo ele, é de retorno após o dia 15 de maio. Conforme o prefeito, as crianças são assintomáticas, ou seja, não apresentam sintomas, mas transmitem a doença. Por isso a importância de manter o isolamento por mais dias.
Economia
Romulo Vier e Fernando Röhsig representaram a Acil na live e abordaram questões econômicas. Conforme Röhsig, 60% da produção em Lajeado deve estar funcionando atualmente.
Vier destacou que a Acil busca soluções para restaurar os empregos que possam ser prejudicados nesse período e recolocar empresas que não estão vendendo em outras atividades com demanda no momento. Ele reforçou a importância das pessoas comprarem produtos locais.