“Podendo ajudar alguém, todos os momentos são marcantes”

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“Podendo ajudar alguém, todos os momentos são marcantes”

Daniel Streich Grave tem 19 anos e se criou dentro do Corpo de Bombeiros Voluntários de Teutônia. Filho do bombeiros, ele atua na corporação faz dois anos e pretende seguir na área de salvamentos. Assim que tirar a carteira D, ele almeja trabalhar no Samu.

“Podendo ajudar alguém, todos os momentos são marcantes”
Lajeado

• De onde vem sua relação com os bombeiros voluntários?

Meu pai, Cristiano Grave, é bombeiro até hoje e minha mãe, Marlise Streich, também foi bombeira. Então, desde pequeno eu tive envolvimento. Mas eu ingressei mesmo aos 17 anos, nos bombeiros aspirantes. Aos 18, virei bombeiros voluntário. Aos 19, me tornei bombeiro efetivo. Daí eu passei a receber salário. Somos entre cinco assalariados. Ao todo, a corporação tem 52 agentes.

• O que lhe motivou a se voluntariar no corpo de bombeiros?

Quando a corporação foi fundada, criaram os bombeiros mirins, mas nunca deu muito certo o projeto. Quando eu tinha 17 anos, abriu os bombeiros aspirantes e meu pai comentou da possibilidade. Foi o que eu sempre gostei, desde pequeno acompanhando eles, sempre nessa rotina.

• Como funciona tua rotina como bombeiro voluntário?

De segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, eu sou bombeiro efetivo. Durante a noite e aos finais de semana, eu faço plantão voluntário.

• Neste período no quartel, qual momento mais te marcou?

Uma experiência incrível, que eu nunca tinha sentido, foi a do bebê engasgado. Podendo ajudar alguém, todos os momentos são marcantes. Mas o que mais me marcou foi esse de ontem [terça-feira].

• Conta um pouco melhor esse episódio.

Nós estávamos em um dia normal, começando o plantão. A gente faz sempre o check-list, conferindo as viaturas e equipamentos. Nisso, entrou o chamado. Fui até o telefone e me deparei com a situação, a mãe nervosa explicando. A gente tenta acalmar a pessoa para passar certinho as instruções.

• Teve algum incêndio de maiores proporções que você teve de combater?

Tem muito fogo em mato, que é bem desgastante, a gente passa horas. E em residência, aqui em Teutônia, teve dois que eu tive que combater.

• O que significa para você ser um bombeiro?

Olha, para mim, hoje, é minha vida. Sendo sincero, eu não me imagino longe disso. Às vezes, nos finais de semana e que eu tenho folga, eu dou uma passada, porque faz parte da minha rotina. Cresci aqui dentro.

• Como seus pais veem esse seu interesse em seguir os passos deles?

Eles têm muito orgulho. O pai principalmente, porque ele ainda está seguindo a profissão.

• O que fez eles decidirem pela profissão?

Quem tomou a inciativa foi o pai. Ele trabalhava na fábrica da Reifer na época e a empresa tinha brigada de incêndio. Até então, não havia bombeiros voluntários. Depois surgiu a ideia e o pai entrou desde a fundação nos voluntários.

• Você sonha seguir no ramo?

Claro, com certeza. Mesmo no Samu. Por enquanto, não tenho idade para fazer a carteira D. A partir do momento em que eu conseguir, vou querer entrar para o Samu. É uma área que a gente gosta de atuar.

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