Racionalidade e cooperação

Editorial

Racionalidade e cooperação

Racionalidade e cooperação
Vale do Taquari

Ideologizar o debate sobre o coronavírus no Brasil é um erro grave e em nada agrega no combate à pandemia. Tanto a preocupação com a área da saúde e a necessidade de achatar a curva de casos para evitar o colapso do sistema, bem como a apreensão relativa às consequências socioeconômicas do coronavírus, são legítimas.

Governos e sociedade precisam se ater às duas ondas da pandemia. Ambas as ameaças são graves e devem ser enfrentadas como o máximo de seriedade e afinco possível. Autoridades nos diferentes níveis governamentais e população têm de estar afinados nas estratégias de redução de contágios e mitigação dos danos econômicos.

No entanto, o tensionamento político e a polarização ideológica já preexistentes em relação ao início da pandemia no país ficaram ainda mais intensos. Num momento em que a união, a cooperação e a solidariedade são tão importantes, percebe-se uma nação ainda dividida sobre qual seria a melhor estratégia.

Cautela e racionalidade são palavras de ordem nesta difícil conjuntura. Não é tempo para brigas políticas e radicalismos que apenas agravam uma situação que já é difícil. É momento de deixar as diferenças de lado e somar esforços para que o país atravesse logo a crise e consiga manter condições de se reerguer futuramente.

É crítico o cenário que se desenha para a economia brasileira nos próximos meses. Empresários e trabalhadores precisarão de muita resiliência para enfrentar o período e conseguir se recuperar numa perspectiva de médio a longo prazo. Num cenário de conciliação e empatia, essa recuperação talvez não seria tão complexa. Com o país em conflito, será ainda mai difícil.

Inevitavelmente, as perdas ocorrerão para todos. Empregados e empregadores, autônomos e trabalhadores de carteira assinada. Em todos os segmentos, os impactos serão sentidos. Faturamentos comprometidos, jornadas e salários reduzidos, contratos suspensos. Independente dos auxílios governamentais, falências e demissões acontecerão.

Austeridade, planejamento e cautela, portanto, são fundamentais. Tanto no mundo dos negócios, como no ambiente familiar e na gestão pública. Um mínimo de harmonia e entendimento também são essenciais para superar a crise.

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