Divulgação de doação de salário pode configurar crime eleitoral

Entrevista

Divulgação de doação de salário pode configurar crime eleitoral

Especialista em direito eleitoral fala sobre redução salarial de políticos em Lajeado

Divulgação de doação de salário pode configurar crime eleitoral
Fábio Gisch concedeu entrevista à Rádio A Hora 102.9 na manhã desta terça-feira. Créditos: Fabiano Querotti
Vale do Taquari

O advogado e especialista em direito eleitoral, Fábio Gisch, concedeu entrevista ao programa Frente e Verso, na Rádio A Hora 102.9, sobre o alerta jurídico da redução salarial e doações individuais e coletivas de vereadores da região.

Gisch explica que as reduções e doações salariais devem ter cautela por se tratar de um ano eleitoral e por isso leis federais que vedam alguns movimentos. “Essas medidas não devem estar conectadas a promoção pessoal e divulgação de candidaturas.” O advogado esclarece que aqueles parlamentares que estão divulgando em redes sociais suas doações para hospitais ou outras entidades estão cometendo um crime eleitoral.

Gisch lembra que os vereadores ou pré-candidatos que cometerem tais práticas podem responder por abuso de poder político, propaganda eleitoral antecipada e conduta vedada.

O bom exemplo neste sentido, segundo o advogado, foi a forma que o município de Teutônia conduziu a redução dos salários. “O prefeito, vice e secretários reduziram por meio de lei, e os vereadores por meio de outra lei. Não utilizaram o movimento como politicagem, e deixaram a verba disponível para o orçamento do município”, exemplifica.

Transferências das eleições

Conforme Gisch, no congresso há duas possibilidades sendo debatidas quando o assunto é transferência das eleições. “Uma é a mudança de datas do pleito para dezembro, ou então deixar para o próximo ano, estendendo o mandato dos políticos atuais”, explica. Segundo ele, não se cogita a viabilidade de unificar com as eleições nacionais.

Gisch também alerta que mesmo em meio a pandemia, não houve flexibilização em outros meios. “Não houve mudanças nas datas das filiações políticas que terminaram no dia 4 ou nas transferências de títulos que terminam em maio.”

Confira a entrevista na íntegra:

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