“Essa ida para a rua tem um custo”, diz diretor técnico do HBB
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Entrevista

“Essa ida para a rua tem um custo”, diz diretor técnico do HBB

O médico Fernando Bertóglio participou de entrevista no programa A Hora Bom Dia, neste sábado

“Essa ida para a rua tem um custo”, diz diretor técnico do HBB
O médico reforçou a importância do isolamento social na região. Créditos: Laura Mallmann
Vale do Taquari

O médico e diretor técnico do Hospital Bruno Born (HBB) de Lajeado, Fernando Bertóglio, concedeu entrevista ao programa A Hora Bom Dia, da Rádio A Hora 102.9, deste sábado, dia 11, e alertou sobre os temores do avanço do novo coronavírus na região. Entre os assuntos destacados, é a possível lotação dos leitos disponíveis na maior casa de saúde do Vale do Taquari.

Conforme Bertóglio, os estudos atuais de prevenção funcionam por meio de números. “O Ministério da Saúde divulgou que o número normal de infectados seria 5,7% a cada 100 mil habitantes. Lajeado, tem 14% no cálculo aplicado”, explica.

“Sabemos que ao longo de uma pandemia, grande parte da população precisa se contaminar. Nós precisamos entender que não pode ser todo mundo de uma vez, pois muitos precisam de UTI e respiradores e não teremos como atender”, esclarece o diretor técnico do HBB.

Flexibilização do isolamento

O médico defende que o isolamento social precisa continuar e que as pessoas precisam respeitar o período. “Essa ida para a rua tem um custo que eventualmente será pago com vidas”, afirma Bertóglio.

Ele contextualiza com as situações já ocorridas em outras partes do mundo. “Já temos o exemplo que com o isolamento vertical as pessoas relaxam e, assim, acabam se descuidando.”

Uso das máscaras

A orientação do Ministério da Saúde é pelo uso de máscaras. A administração municipal de Lajeado deve estabelecer a obrigatoriedade do uso deste material. Para Bertóglio, a ideia de alguns países de aplicar multas é o ideal. “Neste caso temos que pensar no coletivo. Se um desrespeita a medida está colocando todos os outros em risco”, ressalta.

Capacidade de atendimento do HBB

Nesta semana, a capacidade da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para tratamento da covid-19 foi ampliada de oito para 13 leitos. Segundo o médico, o HBB dispõe de cerca de 30 respiradores repassados pela UPA, Univates e administração municipal. “Esperamos ainda o repasse prometido pela União”, esclarece.

O HBB também teve, nesta semana, profissionais afastados por apresentarem sintomas leves de covid-19. Bertóglio diz que o hospital não é um local imune de infecções. “Podemos usar de exemplo o Hospital Albert Einstein que teve o afastamento de mais de 90 profissionais pelo mesmo motivo.”

O médico reforma que a melhor prevenção para evitar um colapso na saúde pública e também privada são o isolamento social e o respeito às medidas estabelecidas pelos governos.

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