Cidade estuda obrigar uso de máscaras
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nova estratégia

Cidade estuda obrigar uso de máscaras

Medida adotada em países do Oriente é aposta do Comitê de Contingenciamento como prevenção contra o novo coronavírus. Avanço dos contágios na cidade preocupa direção do HBB. Lajeado tem 16 casos confirmados. Índice a cada 100 mil habitantes é maior que o dobro da média nacional

Cidade estuda obrigar uso de máscaras
Lajeado

Uma imposição à retomada gradual das atividades econômicas deve ser o uso obrigatório de máscaras nos espaços públicos. Essa alternativa está em análise no município. A referência dessa decisão está nos resultados de países do Oriente, mais precisamente o Japão e a Coréia do Sul.

A afirmação parte do prefeito Marcelo Caumo e tem sido tema de conversas dentro do Comitê de Contingenciamento. Pra adotar essa obrigação, é preciso que haja um esforço das demais organizações representativas e da comunidade. “Queremos que seja uma conduta de todos. Para que algum cidadão sem máscara chegue no mercado e o atendente informe que ele não pode entrar.”

Na visão do prefeito, essa medida funcionou na Ásia. “Pelo nosso senso comunitária, pelo trabalho unido em diversas frentes, vamos vencer essa situação. Sabemos que não vai voltar a ser como era, mas precisaremos tentar retomar alguma normalidade”, afirma Caumo.

Caso seja definida a obrigatoriedade, o município se compromete a distribuir as máscaras para famílias em situação de vulnerabilidade social. O modelo dos itens será artesanal, pois as industriais são prioritárias para equipes de saúde.

Preocupação no HBB

Com 16 casos confirmados em Lajeado até o fechamento desta edição, a instituição está em alerta. Entre todas as cidades gaúchas, Lajeado figura entre as cidades com mais confirmações da doença.

Na análise do Comitê de Contingenciamento, o número poderia ser maior caso as medidas de isolamento, restrições nas atividades econômicas e das aulas não tivessem sido adotadas. “Não podemos nos descuidar”, afirmou a vice-prefeita Gláucia Schumacher em vídeo divulgado na manhã dessa quinta. No fim da tarde, diretores do HBB divulgaram um vídeo em que expõem números sobre o atendimento na casa de saúde.

Conforme o diretor executivo, Cristiano Dickel, desde 23 de março, foram 172 atendimento de casos suspeitos, com 22 internações.

Frente ao aumento na procura, o hospital ampliou de seis leitos para oito os exclusivos para coronavírus. “Hoje estamos com 62% da capacidade em uso. Isso nos preocupa”.

A partir disso, o HBB vai ampliar para 13 o número de leitos de UTI voltados ao novo vírus. A estimativa é que as vagas estejam disponíveis já na próxima semana. O temor dos diretores é de um aumento drástico no número de confirmações.

No momento, com as confirmações, o índice de contágio na cidade é de mais de 14 para cada 100 mil habitantes. No país, esse número é de 5,7. Com esses percentuais, com base no boletim do Ministério da Saúde, Lajeado estaria em situação de extrema emergência, adverte Dickel.

Pelos cálculos do município, há mais de 470 pessoas em Lajeado com suspeita de infecção pelo vírus. “Temos visto mais gente na rua, e, com isso, a propagação do vírus será maior. Pedimos que as pessoas mantenham o isolamento social. Se precisar, que saiam sozinhas, somente para necessidades básicas. Usem máscara e se higienizem”, solicitou no vídeo o diretor técnico Fernando Bertoglio.

Segundo ele, caso a curva de contaminações cresça de forma muito exponencial, o HBB pode ter colapso e não conseguir atender a população.

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