Aumento de casos de dengue no RS preocupa Lajeado

Dengue

Aumento de casos de dengue no RS preocupa Lajeado

Maior parte dos pacientes infectados contraiu a doença em suas cidades. Em Lajeado, focos do mosquito dobraram na comparação com 2019

Aumento de casos de dengue no RS preocupa Lajeado
Bom Retiro do Sul já confirmou 40 casos da doença neste ano. Créditos: Arquivo A Hora
Lajeado

A primeira morte por dengue no Rio Grande do Sul em 2020, registrada na última sexta-feira, 3, em Santo Ângelo, acendeu o sinal de alerta na vigilância sanitária estadual. Afinal, ocorreu antes do período em que há maior incidência de focos do mosquito aedes aegypti, transmissor da doença.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, há mais de 200 confirmados de dengue no estado, sendo a maior parte (147) autóctones, ou seja, foram contraídos nas suas cidades.

Em Lajeado, segundo o setor de vigilância sanitária, um caso de dengue foi confirmado em 2020. O paciente, que já está curado, contraiu a doença em outra cidade. Mas preocupa o momento atual, onde o estado  enfrenta também a pandemia do coronavírus.

“Os dados indicam um aumento muito alto de casos notificados. É importante as pessoas fazerem vistorias nos seus pátios, eliminando qualquer foco. O risco está aí e o nosso setor está priorizando ações em torno de casos suspeitos”, comenta a bióloga e coordenadora da Vigilância
Sanitária, Catiana Lanius.

Também preocupa o fato de que, na comparação com o mesmo período do ano passado, o número de focos na cidade mais do que dobrou, passando de 14 para 33. “Isso se deve ao clima. Quanto mais alta a temperatura, mais rápido é o ciclo de vida do mosquito. E, como tivemos poucos casos nos últimos anos, as pessoas acabam se descuidando”, explica.

Levantamentos

Seguindo determinações do governo federal, os levantamentos de índices do Aedes aegypti (LIRAs) previstos para ocorrer entre o fim de abril e começo de maio não serão realizados. “Sempre são feitos quatro vezes por ano, de três em três meses. Foi neste período, no ano passado,
que encontramos mais focos do mosquito”, recorda Catiana.

Naquele período, o setor de vigilância sanitária encontrou 58 focos do aedes aegypti na cidade, a maior parte deles no bairro São Cristóvão (17). Em todo o ano de 2019, foram 84 focos do  mosquito.

Conforme Catiana, as visitas domiciliares continuam ocorrendo, com medidas distanciamento. O setor também tem recebido muitas denúncias de possíveis focos, principalmente de piscinas sem a devida limpeza. “Algumas questões tentamos resolver por telefone. Se não for possível, visitamos o imóvel”, salienta.

Epidemia no Paraná

O estado do Paraná enfrenta uma epidemia da dengue. Até o fim de março, segundo a Secretaria de Saúde, eram 87 mil casos confirmados da doença. Desde agosto do ano passado, o número de mortes em decorrência da doença chega a 69.

CUIDADOS PARA EVITAR PROLIFERAÇÃO

Calha
Ver se está desimpedida, removendo folhas e outros materiais que impedem o escoamento da água;

Caixas d’água
Manter tampados sem frestas ou colocar tela milimétrica para cobrir

Lonas
Devem estar bem esticadas para não acumular água

Plantas aquáticas
Trocar a água dos vasos e lavar com escova, água e sabão uma vez por semana

Pneus
Manter em local coberto ou fazer furos grandes para escoamento da água;

Piscinas
Devem ser limpas/esvaziadas uma vez por semana e tratadas com cloro.

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