As próximas semanas serão decisivas para a tentativa de controlar a curva de crescimento de casos de covid-19 em todo o Brasil. Evitar o colapso do sistema de saúde deve ser a missão prioritária, a ser compartilhada entre autoridades e população.
Não menos importante é definir logo uma estratégia assertiva para garantir que o país tenha condições de retomar o desenvolvimento depois que a pandemia passar. Além da preocupação em reduzir ao máximo os índices de fatalidade, a nação deve se ater à possibilidade de se deparar com uma gravíssima situação socioeconômica.
Enquanto entidades representativas dos mais variados segmentos econômicos pressionam governo para a retomada das atividades, organizações ligadas à área da saúde e universidades reforçam o pedido para a manutenção do isolamento social horizontal. Não se trata de uma decisão fácil para os gestores. O fato é que o equilíbrio e o bom senso devem reinar neste momento.
Uma tática razoável que começa a unir setores diversos é a análise do quadro específico de cada localidade. Por meio de critérios técnicos, é possível avaliar se municípios do interior, por exemplo, teriam condições de manter algumas atividades econômicas em funcionamento, é claro, com todos os cuidados e medidas de prevenção necessárias.
Em meio a essa conjuntura adversa, é preciso destacar como os órgãos competentes do Vale da Taquari conduzem a situação. A saída da Unidade de Terapia Intensiva do primeiro paciente confirmado com coronavírus na região nesta semana é simbólica. Demonstra a capacidade organizacional e técnica do Hospital Bruno Born e passa a segurança de que gestores e profissionais de excelência estão na linha de frente do combate.
A comunidade regional, contudo, precisa despertar para a gravidade do problema. O último fim de semana em Lajeado, por exemplo, registrou grande circulação de pessoas, áreas de aglomeração e outras situações de risco que contrariam as recomendações das autoridades médicas e sanitárias. A orientação central propagada para todo o planeta segue a mesma: “quem puder fique em casa”.