A recente aprovação na câmara de vereadores de Teutônia, de redução dos salários de agentes políticos, aponta para uma tendência em todo o país. Municípios, preocupados com o avanço da pandemia, buscam realocar recursos para a área da saúde, beneficiando principalmente hospitais e aquisição de materiais.
Na sessão extraordinária realizada na tarde de ontem, a câmara apreciou o corte nos salários de prefeito e vice (30%), dos vereadores e CCs do alto escalão (20%) e demais cargos de confiança e funções gratificadas (10%). Todos os projetos tiveram aprovação unânime no plenário.
A medida vale para os próximos três meses e a estimativa, somente no poder executivo, é de uma economia de R$ 400 mil aos cofres públicos. Já com a redução salarial na câmara, o presidente Cleudori Paniz (PSD) projeta economizar R$ 78,8 mil, que serão utilizados no combate à pandemia.
“Decidimos que vamos repassar esse valor para a assistência social. Fizemos os cálculos e dará para comprar 1,2 mil cestas básicas para a população vulnerável. Muitas pessoas perderam seus empregos e estão passando por necessidades”, comenta.
“Momento difícil”
Paniz também parabenizou tanto os colegas de câmara quanto o prefeito Jonatan Brönstrup em abrir mão de parte de seus vencimentos neste momento.
“Eles tiveram a iniciativa e nós aqui também, bem como nossos servidores. Todos estão ajudando neste momento difícil”, afirma.
Em Arroio do Meio, redução pode ser prorrogada
O primeiro município a “cortar na própria carne” visando combater o coronavírus foi Arroio do Meio, com a redução temporária, em um mês, nos vencimentos de prefeito, vice, secretários municipais e CCs.
A economia prevista é de R$ 230 mil neste período. Mas o prefeito Klaus Schnack admite que a medida pode ser postergada, se houver necessidade.
“A análise da situação é feita dia a dia, até mesmo turno a turno, com a mediada podendo se estender por mais tempo”, disse, em entrevista na manhã de ontem ao programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9.
O decreto reduz o salário de Klaus em 40%, da vice-prefeita em 30%; dos secretários municipais em 20%, e de cargos em comissão e gratificações, em 10%.
