Com quase dois meses sem chuvas expressivas, aos poucos as reservas de águas nas propriedades reduzem. A situação começa a afetar o alojamento de suínos na região.
A Cooperativa Dália Alimentos, de Encantado, com a falta de água em algumas granjas, já contabiliza uma redução, que ocorre de forma gradativa, principalmente aqueles direcionados às granjas no modo terminação.
O gerente da Divisão Produção Agropecuária, Igor Weingartner, a estiagem, especialmente na região Alta do Vale do Taquari e de Progresso e municípios próximos, ocasiona a parada obrigatória das atividades em algumas propriedades produtoras de suínos, em decorrência do desabastecimento.
Conforme levantamento realizado pela Dália, até o dia 6 de abril, a capacidade de alojamento reduziu em 5% devido à falta de água em algumas instalações de associados.
Disponibilidade de água
Segundo o presidente do Conselho de Administração, Gilberto Antônio Piccinini, a situação é preocupante e lamenta o fato de que há produtores que não estão preparados para passar por períodos de estiagem, como o atual.
Frisa que cada agricultor precisa considerar a sua propriedade como uma empresa, um negócio e o planejamento da propriedade rural é algo cada vez mais importante para o bom desempenho das atividades.
Além do produtor possuir instalações adequadas, lagoas para a destinação de dejetos, biosseguridade nas granjas, energia elétrica compatível com o número de animais alojados, entre outros quesitos para a rentabilidade da atividade, hoje é indispensável disponibilidade de água de qualidade para abastecer os animais, destaca.
Entende que isso pode ser planejado com a perfuração de poços artesianos e com o armazenamento adequado para evitar transtornos como os que alguns vêm se deparando agora.
Episódio climático
De acordo com Piccinini, é imprescindível que o associado tenha consciência de que a seca é um episódio climático que ocorre de tempos em tempos. A água é um bem indispensável para nós, humanos, e também para os animais, sustenta.
Para manter o abastecimento e posterior criação de animais, prefeituras de vários municípios auxiliam os produtores à medida em que conseguem, sejam de suínos, leite, aves, grãos ou outra atividade, através de ações como a perfuração de poços artesianos e da concessão de água através de caminhões-pipa.
Para saber
No Rio Grande do Sul, 253 municípios decretaram situação de emergência. Segundo a Defesa Civil, outros 17 municípios já fizeram registro no sistema integrado do órgão, podendo também publicar decretos nos próximos dias. Aqui na região o número de cidades que registraram o decreto já está em 26.
