Com mais de 200 municípios em situação de emergência e o acúmulo das perdas no campo, a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural busca alternativas para amenizar os prejuízos.
Em entrevista ao Programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9 na manhã de ontem, o secretário Covatti filho detalhou as ações previstas e já colocadas em prática para ajudar os municípios e os agricultores.
Apreensivo com as perdas bilionárias, entende ser fundamental implantar medidas para reduzir o impacto em toda cadeia produtiva, desde o campo a cidade. “Temos municípios onde a arrecadação depende exclusivamente da agricultura. Faz a roda da economia girar. E agora com queda de até 40% nas culturas de milho e soja, vamos ter problemas com a arrecadação”, constata.
Entre as ações já colocadas em prática destaca o Programa de Sementes Forrageiras. Serão R$ 6,6 milhões em recursos e que beneficiam 15.981 agricultores em mais de cem municípios. “Vamos custear 30% do valor”, ressalta.
Milho mais acessível
Com queda de 30% na produção de milho, projetada em 5,5 milhões de toneladas, a secretaria conseguiu intermediar a compra de milho para venda a balcão, com preços mais atrativos.
Foram confirmadas 8,5 mil toneladas, sendo que nos próximos dias chegam ao Estado 2,5 mil toneladas. “Nossa demanda anual é de 7,5 milhões de toneladas. Essa medida elimina custo com frete, possibilita a compra por um valor mais baixo ao produtor de aves, suínos e leite e evita o desabastecimento”, diz.
Covatti projeta alta nos custos e no preço dos produtos nos supermercados. Também aponta perdas na lavoura de soja. A produção estimada em 19,5 milhões de toneladas deve cair para apenas 12 milhões de toneladas. “A perda financeira será de R$ 8 bilhões”, calcula.