Ficou para hoje, às 7h30, a definição sobre a abertura ou a manutenção do fechamento do comércio e de serviços diversos em Lajeado. Ontem, 30, entidades esperaram um posicionamento definitivo do prefeito Marcelo Caumo, mas a reunião teve momentos de tensão e muito impasse entre os participantes.
O Fórum das Entidades, que reúne associações, sindicatos e órgãos como a Acil, o Sindilojas, a CDL, o Sindicomerciários e a OAB, entregou ao prefeito um documento sugerindo a retomada gradual e segura das atividades econômicas, alinhadas com as medidas de controle e combate à pandemia do coronavírus.
“Turbilhão de negociações”
Na maioria dos setores, a sugestão é pelo reinício das atividades a partir de amanhã, 1º de abril. Contudo, a reabertura do comércio em municípios vizinhos, como Bom Retiro do Sul, Encantado e Santa Clara do Sul, aumentou a pressão sobre as autoridades de Lajeado.
“Estamos num turbilhão de negociações. Mas precisamos de um norte. E a pressão aumenta para cima de nós. Outras cidades já estão flexibilizando a abertura do comércio”, comentou o presidente da CDL Lajeado, Aquiles José Mallmann, o Cascão.
O presidente da Acil, Cristian Bergesch, mostra preocupação com a mudança radical no modelo de vida das pessoas por conta do coronavírus e das restrições. “Se a gente demorar dois, três meses para ter uma abertura dessa atividade, como a gente se mantém? Somos organizados socialmente, de uma maneira que a gente produz, recebe e paga impostos. Como manter esse modelo?”, cita.
Caumo preferiu não estabelecer um novo prazo para reabertura do comércio. Pelo decreto mais recente, o fechamento segue até hoje. “Certamente teremos regramentos novos a partir de quarta-feira. Vamos ver como a gente consegue se adequar. A extensão também depende da análise dos casos”, salienta.
Preocupação de todos os lados
Imobiliárias, construção civil, comerciários, transporte. Foram várias as manifestações de representantes de setores variados na reunião, todos com o mesmo tom: preocupação.
O representante de uma das empresas responsáveis pelo transporte coletivo urbano da cidade era um dos mais preocupados. “Em todo o estado, as empresas vivem situação dramática. Se o poder público não nos socorrer, vai parar tudo”, disse.