Em entrevista concedida pelo parlamentar no programa A Hora Bom Dia, na manhã desta quarta-feira, dia 25, o deputado federal e ex-ministro da Cidadania Osmar Terra, afirma que há um exagero nas medidas adotadas para conter os efeitos de pandemia no país.
Segundo Terra as medidas além de prejudicar a economia irão prejudicar a curva inevitável da epidemia. “A economia está indo para o brejo e não tem resultado nenhum esse isolamento. Em uma epidemia social não tem como fazer isolamento, este é um vírus novo que ataca a população que ainda não possui anticorpos. Quando começa a se detectar o início da epidemia, o vírus já está circulando há muito tempo. Ele é muito ligeiro”, ressalta.
Em 2009, na pandemia de H1N1, Osmar Terra era secretário de saúde do Rio Grande do Sul. Na época, ele coordenou o combate à gripe suína no país. Ele analisou que o auge da pandemia será daqui duas semanas. Após esse período, irá diminuir e até início de junho a pandemia irá cessar, projeta Terra. “Quando o vírus chegar em 50% da população se cria o efeito rebanho, as pessoas que tem anticorpos bloqueiam a transmissão e termina a epidemia, essa é uma curva que dura 12 semanas”, complementa.
O deputado considerou imprudentes as ações promovidas pelos governos estaduais para conter o avanço do coronavírus e criticou o fechamento das escolas. “Cerca de 99,5 das pessoas que tem contato com vírus, mas não manifesta sintomas. Alguns do grupo de risco vão ter sintomas mais graves, a epidemia se propaga muito ligeiro. Ai a curva vai subindo, mas mais da metade da população já tem anticorpos contra o vírus. Temos que proteger os idosos que são a área de risco. As crianças sem aula, vão ficar com os avós e transmitir o vírus sem saber”, afirma Terra, citando como exemplo a pandemia na Itália.
A epidemia na Itália começou no Norte, onde segundo o parlamentar é uma região de grande comércio com a China, com população mais idosa e onde o frio é mais intenso. “Foi uma série de fatores somado ao tempo curto que a área da saúde teve até isolar a área de risco”, conclui.
Ainda sobre as medidas adotas, Terra rebate que o isolamento social foi formado em cima do pânico das pessoas. “Não existe base cientifica para este isolamento. O país não pode parar. Fui secretário da saúde por 8 anos no estado, então tenho experiência vivida”, finaliza.
