Seu cérebro também precisa de ginástica

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Seu cérebro também precisa de ginástica

Exercícios que trabalham a neuroplasticidade auxiliam na qualidade de vida

Seu cérebro também precisa de ginástica
Vale do Taquari

Alda Olsen Heemann tem 86 anos, é professora e funcionaria pública aposentada. Apesar da idade, permanece ativa. Faz exercícios físicos com regularidade e trabalho voluntário em uma ONG de proteção animal. Até curso de computação procurou para aprender mais. Quando buscavam por algo diferente do estudo formal, que não fosse repetitivo, ela e a filha Katia Heemann, 57, administradora e também funcionária pública aposentada, descobriram os benefícios da ginástica cerebral.

Por meio do Método Supera, ambas passaram a trabalhar a cognição com atividades específicas para a neuroplasticidade, capacidade do sistema nervoso de sofrer modificações e adaptações ao longo de seu desenvolvimento, quando exposto a novas experiências, conforme explica a psicóloga especialista em psicoterapia cognitivo-comportamental, Maria Júlia Wagner.

Hábitos como ler, praticar atividades físicas, alimentação saudável, aprender outros idiomas ou tocar instrumentos musicais atuam de forma direta na neuroplasticidade. No entanto, se a pessoa não costuma se desafiar e conhecer novas habilidades, as conexões nervosas tendem a se atrofiar com o tempo e provocar maior dificuldade de aprendizado, destaca Maria Júlia.

A ginástica cerebral é uma das formas mais eficientes de colocar em prática a neuroplasticidade. Por meio de estímulos e exercícios específicos, as conexões neurais se fortalecem e trazem benefícios importantes nas principais habilidades cognitivas, como a memória, a atenção e o raciocínio.

Exercícios em família
Alda e Kátia trabalham a neuroplasticidade desde o início de 2019. Katia percebe a melhora na atenção e na habilidade espacial, além da convivência com pessoas diferentes. “Executamos a empatia, o coleguismo, a parceria e o acolhimento, que também fazem parte do aprendizado proposto”. Alda nota o mesmo e se tornou imbatível nos jogos de aprendizado. “Ela é muito esperta e está sempre atenta. No ábaco, está mais a frente do que eu”, brinca Katia.

Mãe e filha elogiam a didática das aulas, que nunca se repetem. Todo o mês, um tema diferente domina as atividades. São jogos, desenho, pintura, atividades específicas para a memória e exercícios online. Para Katia, exercitar o cérebro é tão importante quanto exercitar o corpo. “A ginástica cerebral é um desafio pessoal. Recomendamos para todas as faixas etárias. As crianças saem um pouco das mídias sociais e os idosos saem do isolamento”.

 

Benefícios para todas as idades
A especialista em ginástica cerebral e diretora franqueada do Supera Unidade Lajeado, Marcela Bruxel, destaca que o cérebro inicia um processo de declínio cognitivo a partir dos 25 anos, por isso, a prática do exercício cerebral é fundamental para potencializar a capacidade cognitiva e trabalhar criatividade, concentração, foco e raciocínio lógico, reforça. Além disso, a prática também traz benefícios para a autoestima, perseverança, disciplina e coordenação motora, proporcionando que o aluno se mantenha ativo, independente e saudável.

O Supera atende crianças em idade de alfabetização, jovens, adultos e idosos. Nas aulas, os estudantes aprendem sobre o funcionamento do cérebro e descobrem novas habilidades. As turmas são dividas por faixa etária e os alunos recebem livros de acordo com a idade e nível de instrução. “Nosso principal diferencial é respeitar o ritmo de desenvolvimento de cada aluno”.

Para os jovens, a ginástica cerebral contribui para o desempenho escolar, comportamento e formação ética. “É um complemento do ensino, sobretudo para quem vai prestar Enem, Vestibulares e Concursos”, explica Marcela. Para os adultos, o maior benefício é o desenvolvimento de memória operacional, além da melhora no raciocínio, criatividade e visão lateral, importantes para a resolução de problemas complexos e a manutenção do foco.

Para os idosos, a ginástica cerebral promove bem-estar e longevidade. “A expectativa de vida aumentou, mas de nada adianta chegar aos 90 sem independência e saúde mental. Com cérebro ativo, é possível manter-se jovem, trabalhando, viajando, empreendendo e comemorando novas conquistas”.

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