Colapso econômico e social, se não tivermos serenidade

Opinião

Adair Weiss

Adair Weiss

Diretor Executivo do Grupo A Hora

Coluna com visão empreendedora, de posicionamento e questionadora sobre as esferas públicas e privadas.

Colapso econômico e social, se não tivermos serenidade

Lajeado

A histeria em torno do coronavírus pode agravar a situação do Brasil e levá-lo à maior depressão econômica e social de sua história, se não tratarmos o tema com a devida serenidade. O fechamento parcial de setores produtivos e geradores de empregos tende a ser um tiro no pé, se providências urgentes e severas não forem impostas para acabar com a doença. Nosso maior inimigo não será o coronavírus, e sim, o clima de medo e letargia que se avizinha.

Precisamos ser rápidos e fechar questão para controlar o vírus, mas tão importante é cuidar do amigo, dos familiares e dos vizinhos para que todos mantemos a calma e a serenidade e, principalmente, seguir as orientações dos órgãos de saúde.
Se o sacrifício é fechar o comércio e ficar em casa alguns dias, tudo bem. O problema será a imprudência e negligência que poderão estender a paralisaçao a períodos insuportáveis ou inimagináveis.

O Brasil estava retomando o fôlego. A greve dos caminhoneiros ensaiou um caos econômico e social, mas foi vencido pela nossa força. Agora, um novo teste herculano se abate sobre nós. É um inimigo invisível, mas real. Junto com ele vem a ameaça ainda mais perigosa: a de um colapso econômico e social sem precedentes, se o governo e a população não agirem rápido, repito.

Ao cidadão, compete colaborar ao máximo. Levar a sério e adotar o que recomendam as autoridades sanitárias e médicas. Ao governo, urgem medidas para preparar o caixa público e injetar recursos volumosos nas pequenas e médias empresas.

Às organizações capitalizadas ou, minimamente, preparadas para se alavancar no crédito, se impõe um exercício de resiliência e coragem. Afinal, vai ter vida após o coronavírus, seja na região, estado, país ou no mundo.

Não podemos pregar terra arrasada. Países que sofreram guerras no passado se recuperaram e tornaram grandes potências. O Brasil nunca viveu uma guerra, mas o coronavírus é uma ameaça real que precisamos levar a sério. Não é brincadeira.

Não gosto da comparação com a Itália e nem com a Espanha. Afinal, são dois países pequenos, com área geográfica reduzida, onde a contaminação se dissemina muito rápido, sem falar da população idosa em maior número. O Brasil é continental, pode fazer isolamentos e controlar o vírus com mais eficiência, basta todos colaborarem.

Ficar alguns dias em casa custará caro para todos nós. Nenhum trabalhador ou empregador será poupado. Todos pagaremos a conta, e temos de nos empenhar para garantir resiliência.

Precisamos ser fortes, agir com equilíbrio e ter empatia, pois estamos juntos no mesmo barco. Todos temos familiares, amigos ou colegas nos grupos de risco. A contaminação e mortes vão haver. Mas nada pode ser pior que o desespero e a histeria, ou a negligência de que isso é “bobagem”.

Os momentos de tensão revelam os fortes e nobres, que pensam adiante. Vamos pensar, calaborar e encorajar os profissionais que precisam continuar trabalhando, pois os serviços essenciais precisam seguir em frente.
Encerro a minha coluna para manifestar esperança, coragem e otimismo no Brasil, e em todos nós. Não será o coronavírus que vai nos derrubar, mas precisamos respeitá-lo.

Ainda que a luta será árdua, alguns padecerão e muitos persistirão, Repito, vai haver vida após o coronavírus.

 


Uma nova rádio diante do cenário

Muitos dos caros leitores podem se perguntar sobre a ousadia neste momento difícil para iniciar um novo projeto. A Hora estreia terça-feira, dia 24, a nova grade de programação. Apesar do cenário de incertezas momentâneas, nossos profissionais estão ávidos e entusiasmados com o novo empreendimento. 

Pessoalmente, já olho para daqui há três meses. Não resta dúvida do enorme esforço e desafio a enfrentar, mas a convicção e entusiasmo de que a pandemia é passageira são, infinitamente, maiores do que qualquer medo ou desesperança.

Não pretendo usar máscaras, e tão pouco gostaria de contrair a doença, mas estou ciente da minha vulnerabilidade e responsabilidade como cidadão. Me alimentar bem, dormir direito, tomar muita água, fazer meditação para manter o equilíbrio do corpo e da mente tem fortalecido minha coragem e esperança, a qual tento compartilhar, inclusive, aqui.

Se ainda assim, a vida pregar uma peça, então terei feito a minha parte. Acredito no empreendedorismo, na cooperação e no equilíbrio para prosperar.

Com estes pensamentos durmo à noite, levanto pela manhã e encaro os desafios que se avizinham. O maior aliado no combate ao coronavírus é se ocupar com notícias verdadeiras, serenas e propositivas, apesar do cenário. Cuidado com as fakenews ou os tolos extremistas que tentam relativizar o problema ou, do contrário, pintar o caos generalizado.

Por isso, convido a todos para sintonizarem a freqüência 102.9, a partir da próxima terça-feira, para ouvirem a Rádio A Hora.
Será um prazer tê-lo na nossa companhia, porque acreditamos que algo melhor sempre está pela frente.

Abraço fraterno e até terça!

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