A falta de interesse pela política vai na contramão do discurso da população brasileira. O cidadão cobra a transformação da classe política, mas ignora que o verdadeiro instrumento da mudança está em suas próprias mãos. Trata-se do título de eleitor.
Como já diz o artigo 1º, parágrafo único, da Constituição Federal de 1988: “todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”. É somente o voto que nos possibilita cumprir o ato transformador por qual a sociedade anseia com tanta veemência. Ele nos permite eleger aqueles que nos representarão no Legislativo e no Executivo, seja na esfera municipal, estadual ou federal.
É por isso que é tão importante que regularizemos o nosso título de eleitor na Justiça Eleitoral até o dia 6 de maio, prazo final para participar das eleições municipais deste ano. Não podemos abrir mão do nosso direito – e dever – de voto.
Procure se informar sobre a sua situação. Confira se você fez o recadastramento biométrico e a atualização dos dados junto ao Cartório Eleitoral da sua cidade. O alerta é válido, inclusive, para os municípios onde o prazo já se encerrou. Ainda há tempo de regularizar o seu título eleitoral. Priorize a sua presença em 4 de outubro, data do primeiro turno das eleições municipais.
O nosso papel como cidadão precisa ir além das críticas no Facebook. O eleitor deve ser ativo e escolher com atenção quem irá representá-lo. Depois, é essencial acompanhar o trabalho do eleito, seja pelos canais oficiais, pelas redes sociais ou pelos veículos de comunicação. Temos – e devemos – que fiscalizar as ações. Só assim saberemos qual é a atuação de quem escolhemos.
Não ficou satisfeito com quem elegeu? Reclame. O candidato prometeu e não cumpriu? Cobre. Ficou decepcionado com o desempenho do escolhido? Exerça o poder do voto e na próxima eleição exclua-o de suas escolhas.
Mas tenha sempre uma opção. Votos brancos e nulos não ajudam a melhorar a nossa política. Precisamos é escolher melhor. E só conseguiremos fazer isso se estivermos aptos a votar. Portanto, eleitores jovens, entre 16 e 18 anos, que já militam, façam o título de eleitor e exerçam o seu poder.
Aos idosos, principalmente acima de 70 anos, aos quais o voto é facultativo, façamos o mesmo apelo: sigam desempenhando o seu papel como cidadão. Precisamos da sabedoria dos mais velhos na escolha dos nossos representantes. Afinal, o voto será sempre o maior exemplo do pleno exercício da cidadania.