Estudo divulgado nesta semana pelo Departamento de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul reforça a importância da luta pela igualdade de gênero. Seja em nível estadual ou nacional, muito ainda é necessário avançar para a construção de uma sociedade justa e equilibrada no que diz respeito a direitos e deveres de homens e mulheres.
O RS ainda registra uma taxa de feminicídios superior à média brasileira, rendimento salarial 26% menor do que o dos homens e uma queda na presença em posições de chefia. Os dados são relativos ao período compreendido entre 2015 e 2019 e integram a pesquisa “Igualdade de gênero e empoderamento das mulheres e meninas no Rio Grande do Sul”.
Dos atos e assédios machistas do cotidiano ao extremo da violência contra a mulher. O Brasil ainda é o 5º país do mundo que mais mata mulheres e é o pior país da América do Sul em termos de oportunidade para meninas. Os índices de estupro, de violência doméstica, de exploração sexual. Tudo isso mais do que justifica a necessidade de debater o tema.
O Dia Internacional da Mulher é muito mais do que dar uma rosa à namorada, à mãe ou esposa. Traz consigo um momento de reflexão sobre a desigualdade entre homens e mulheres e de como romper a barreira do preconceito.
Enquanto alguns minimizam a luta pela igualdade de gênero, rotulando o movimento feminista de radical e exagerado, felizmente, cada vez mais, mulheres e meninas despertam a consciência para a importância de reivindicar condições equânimes.
Historicamente, o feminismo foi fundamental para uma série de conquistas. Se não fosse o feminismo, as mulheres não teriam tido o direito de estudar, dirigir, ter uma profissão, escolher com quem casar ou não casar, ter filhos ou não ter. Não teriam o direito de votar em seus governantes e tampouco ser um deles.
Muita informação e persistência ainda são necessárias para superar tabus e dogmas da cultura patriarcal, a começar pela educação de nossas crianças e jovens, a quem deve ser mostrado que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações.