Treze bairros de Lajeado apresentam focos de Aedes aegypti

mosquito da dengue

Treze bairros de Lajeado apresentam focos de Aedes aegypti

Ao todo, 33 larvas do mosquito foram encontradas. Vigilância considera alarmante o crescimento de focos.

Treze bairros de Lajeado apresentam focos de Aedes aegypti
Lajeado

A Vigilância Ambiental de Lajeado identificou 33 focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Zikavírus e Chikungunya, em 13 dos 27 bairros do município. O Levantamento de Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) foi realizado no mês de fevereiro e constatou um aumento de 266% se comparado a última verificação em novembro do ano passado.

O período do verão é o mais propício à proliferação do mosquito Aedes aegypti, por causa das chuvas e do calor, explica Catiana. Desde 2016, o município considerado infestado pelo mosquito e, neste levantamento, foram encontrados 11 focos no Jardim do Cedro; cinco no Olarias; três no São Cristóvão e no Centenário; dois no Conservas e no Santo Antônio; um no Alto do Parque, Bom Pastor, Campestre, Centro, Igrejinha, Moinhos e Santo André.

Conforme a bióloga e coordenadora da Vigilância Ambiental de Lajeado, Catiana Lanius, o aumento é alarmante. “Basta alguma destas larvas estar contaminada para desencadear uma epidemia.”
Neste ano, ainda não há casos autóctones registrados em Lajeado. Em 2019, foram identificados um paciente com Dengue e outro com Chikungunya, ambos importados de outros locais.
Inspeção nos bairros

Os agentes de endemias, com auxílio dos agentes comunitários de saúde das Estratégias de Saúde da Família (ESF), realizaram cerca de 1,7 mil inspeções em imóveis e coletaram amostras. O LIRAa conta com um sistema de informatizado que sorteia os quarteirões a serem verificados.
O resultado da análise laboratorial aponta qual a espécie do mosquito, mas não indica se ele está infectado. Conforme Catiana, a partir destas amostras é possível calcular os índices de infestação e direcionar as ações para os locais com maior risco proliferação.

A bióloga alerta que a melhor maneira de combater o mosquito é não permitir que ele se reproduza. “Temos que incentivar as pessoas a não deixar água parada no pátio, em garrafas ou qualquer recipiente que acumule líquido”, esclarece. Segundo Catiana, inseticidas e venenos matam apenas o mosquito adulto. “Para evitarmos novos focos e criadouros, a melhor maneira é prevenir.”

Combate permanente

Catiana explica que os ovos do mosquito são postos na borda de recipientes e podem sobreviver cerca de 450 dias em ambiente seco, antes de liberarem as larvas na água. “O combate ao Aedes deve permanecer durante todo o ano”, completa. O período de quatro fases de transição até a formação de um novo mosquito é de cinco a sete dias.

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