A exemplo do que ocorre nas margens da VRS-482, moradores da Rua Dom Pedro II também mostram insatisfação com a poeira e barro. Quatro placas foram colocadas na frente de residências em janeiro cobrando o asfalto de dois quilômetros entre a ERS-130 até o entroncamento com a rodovia de Dona Rita.
“Pagamos impostos, exigimos asfalto” e “Sem asfalto, sem votos” são as frases escolhidas pelos moradores.
Entre os argumentos para a pavimentação, eles citam o crescimento da rua. Levantamento aponta que há 13 empreendimentos, três loteamentos e quase 100 famílias às margens da estrada.
“No passado tinha meia dúzia de casas aqui. Hoje se transformou em uma rua muito movimentada”, sustenta Ivani Rosenbach, 58. Para ela, o asfaltamento representa qualidade de vida à população e vai facilitar o trânsito no bairro Dom Pedro II.
Um dos pontos críticos é a subida da rua nas proximidades da ERS-130, afirma o empresário Fernando Petry, 40. Conforme ele, é comum ver carretas trancadas no local em função da estrada ingrime. “As pessoas que vem de fora dizem que o acesso é muito ruim. Ao menos isso poderia ser pavimentado”, defende.
Uma comissão pró-asfalto foi formada pelos moradores. Nas próximas semanas, o grupo deverá instalar mais placas de protesto e realizar reuniões para elaborar outras estratégias de pressão pelo asfaltamento.
Quase 10 anos de abaixo-assinado
No fim de 2011, moradores elaboraram um abaixo-assinado pedindo o asfaltamento. Cerca de 400 pessoas assinaram o documento protocolado na administração municipal em 2012. A iniciativa contou com apoio do vereador Darci Hergessel (PDT).
Passado quase uma década, os moradores lamentam o silêncio dos órgãos públicos sobre a possibilidade da obra asfáltica. “Não dão bola para níos. Estamos só a três quilômetros do centro e ainda convivemos com a poeira”, percebe o morador Celso Rosenbach, 61 ao destacar que o bairro é considerado zona urbana desde 1994.
A comunidade também questiona o asfaltamento da Dom Pedro II na área central, da rua Gustavo Wenandts até a ERS-130. Para a população, poderia ter sido priorizado o trecho do bairro Dom Pedro II por possuir mais residências às margens da estrada.
Sem previsão para asfalto
A administração municipal está a par da reivindicação por asfalto, entretanto não existe previsão para a obra, informa o coordenador do Setor de Planejamento, Fernando Enéias Bruxel.
Conforme Bruxel, atualmente existe apenas levantamento sobre a largura e costeamento feito pela RGE para a instalação de postes. Entretanto, em caso de pavimentação, esse estudo teria de ser refeito, acredita o coordenador.