Alerta máximo contra o vírus

Editorial

Alerta máximo contra o vírus

Alerta máximo contra o vírus
Estado

O primeiro caso confirmado de coronavírus no Brasil coloca em situação de vigília todo o sistema de saúde nacional. A partir do avanço da doença ao continente europeu, era questão de tempo o seu ingresso na América Latina. Em tempos de intensa globalização, o risco de uma pandemia é iminente.

Acertam os órgãos de saúde do Vale do Taquari em se preparar desde já para a possibilidade de casos em nível regional. O inverno gaúcho é tradicionalmente conhecido pela propagação de doenças respiratórias. Baixas temperaturas, umidade e ambientes fechados formam um cenário propício para as mazelas virais se disseminarem.

Hoje, em Estrela, secretários e representantes dos 38 municípios da região se reúnem para debater a estratégia conjunta do Vale para se proteger. Hospitais, instituições de ensino e sociedade como um todo devem estar atentos às recomendações e orientações para dirimir as consequências do novo vírus.

Apesar do medo global em relação à doença ainda pouco conhecida, é importante ressaltar que não há motivos para pânico. Em comparação à Gripe A ou à Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), por exemplo, a taxa de letalidade do novo coronavírus é menor. O receio, porém, é maior em relação a idosos e pessoas com doenças crônicas.

Em pronunciamento ontem, o diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS), Hans Klughe, reiterou que não há necessidade para histeria, embora sejam mais de 80 mil casos de infecções espalhados pelo mundo e não haja tratamento efetivo para a doença até agora. A cada cinco paciente, quatro têm sintomas leve e se recuperam.

Ainda assim, poder público e sociedade civil não podem baixar a guarda. Em um sistema de saúde pública repleto de fragilidades, o avanço incontrolável do vírus pode representar um estado de calamidade sem precedentes. Se países desenvolvidos da Europa estão em vigilância máxima, o Brasil não pode se atrever a negligenciar os perigos da doença.

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