Destacar os benefícios, o processo de cultivo, manejo, beneficiamento e a importância econômica da cadeia da erva-mate, faz parte do projeto do setor ervateiro gaúcho que visa criar roteiros turísticos nas principais regiões produtoras.
Conforme o engenheiro agrônomo da Emater, RS/Ascar Ilvandro Barreto de Melo, coordenador-técnico do Programa Gaúcho para a Qualidade e a Valorização da Erva-Mate, o projeto terá a participação de todas as entidades representativas da cadeia produtiva, técnicos, turismólogos, dos municípios, do Estado, que farão estudos para estabelecer os roteiros nas regiões do Planalto/Missões, Alto Uruguai, Nordeste Gaúcho, Alto Taquari e polo ervateiro dos Vales, que compreende o vale do Taquari e o vale do rio Pardo.
“A ideia é proporcionar a valorização da erva-mate, criar a interação entre as pessoas e o mundo do mate, 
possibilitando novas experiências, conhecimento, aproximação e oportunidades com essa espécie de dimensão universal, mas exclusiva e nativa da mata atlântica”, aponta.
Para ele, também será importante para difundir as virtudes e benefícios como produto e alimento genuinamente natural e saudável. Outro objetivo é estimular o consumo, melhorar a qualidade do produto ofertado e proporcionar aos apreciadores da bebida a chance de conhecer o local de produção e beneficiamento.
Após ser feito um inventário, ocorre um estudo de viabilidade técnica e estruturação da rota a partir de março. “A ideia é valorizar os aspectos culturais, sociais, ambientais, econômicos, históricos e gastronômicos da planta que faz parte do dia a dia do gaúcho”, explica.
Apesar de o projeto não estar finalizado, alguns municípios já recebem visitação turística, que tende a aumentar e a se profissionalizar após a oficialização da Rota.
A Rota da erva-mate e sua contribuição ao turismo para o Estado do Rio Grande do Sul será debatida durante a Expodireto, em Não-Me-Toque, no dia 05 de março, durante a realização do 14º Fórum Florestal RS. O lançamento está previsto para setembro.
O mercado
A erva-mate hoje já está presente em 120 países. O Brasil exporta para 33 destes, uma quantidade anual de 35 mil toneladas.
Só no Rio Grande do Sul há 14 mil propriedades produtoras da planta numa área de 36 mil hectares e mais de 200 indústrias, conforme dados do Fundomate. A arroba (15 quilos) está cotada em R$ 13, com acréscimo por qualidade.
Com novas possibilidades de consumo além dos tradicionais chimarrão, tererê e chás, a erva-mate, também está inserida na gastronomia regional, na gastronomia gourmet, nas bebidas naturais, cervejas, energéticos e cosméticos.
