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Brasil em alerta Homem se mata após atirar em mulher no Alto do Parque Três indivíduos são mortos em confronto com a polícia no interior de Estrela Após confronto com três mortos, cinco são presos no interior de Estrela
O ano iniciou violento no Vale do Taquari. Somente nos últimos cinco dias, foram pelo dez assassinatos e uma tentativa em cidades da região.
Ontem, três suspeitos foram mortos em confronto com a polícia durante a madrugada no interior de Estrela e, à tarde, um homem atirou em uma mulher e se suicidou no bairro Alto do Parque de Lajeado. Ainda no fim da tarde, outro homicídio foi registrado no Santo Antônio. Os óbitos dessa terça ainda sucedem uma sequência de pelo menos cinco mortes ocorridas no fim de semana.
Os números assustam e colocam a comunidade regional e a polícia em alerta. Por mais que o ano de 2019 tenha apresentado melhorias em todos os tipos de crimes, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública, mesmo em nível estadual e regional, 2020 começa sangrento e exige respostas rápidas das forças de segurança.
Conforme análises de especialistas já abordadas no A Hora, esse período do ano costuma chegar acompanhado de aumento das ocorrências policiais. Além de ser uma época de transferência de agentes policiais para o litoral, os meses de janeiro e fevereiro são costumeiramente usados pelas facções criminosas para “acerto de contas”.
Com uma quantidade de servidores já aquém do ideal, com cerca de 50 % de déficit em relação ao projetado para cada localidade, o desfalque fica ainda maior na temporada mais crítica para o setor. Neste verão, foram pelo menos 19 integrantes da Brigada Militar e cinco agentes da Polícia Civil dos pelotões do Vale do Taquari para endossarem as estratégias voltadas para as cidades litorâneas.
Nesse contexto, acertam as forças de segurança em adotar, cada vez mais, estratégias de inteligência e tecnologia para conter a criminalidade. A implantação da Draco e o avanço do cercamento eletrônico nas cidades do Vale são movimentos importantes, além de iniciativas como o Pacto pela Paz e a atuação de entidades civis, como o Instituto Ipê-amarelo.
Urge a intensificação de esforços em torno de uma cultura de paz e inclusão, o que não depende somente de governos e polícias, mas também da sociedade em geral.
