Com a influência dos pais, Carolina Reis Pereira, 26 anos, começou a desenhar na infância e hoje pinta quadros para diversas feiras. Nesse momento a artista plástica divulga as suas obras na exposição “Prazer, Olívia” até 13 de março no SESC de Lajeado.
• Como e quando surgiu o talento para a arte?
Eu não sei se é um dom ou um talento. A gente desenvolve isso ao longo da vida. Meus pais davam giz de cera, canetinhas, lápis de cor e eu ficava desenhando. No fim da infância fiz um curso de desenho. Fui praticando e hoje faço disso uma profissão.
• Em quem você se inspira? Quais são as tuas referências artísticas?
Inicialmente me inspirei na estética dos personagens do diretor de cinema Tim Burton e também no Van Gogh.
• O que tu busca expressar com a arte?
Eu esqueço de tudo, é como se fosse uma terapia para mim. Quando estou bem faço desenhos melhores. Pode ter outras pessoas em casa, mas eu fico focada e não ouço nada.
• Por que esse nome, quem é Olívia?
Eu desenhava ela há muitos anos, mas não era uma pessoa específica. Depois tatuei e coloquei o nome de Olívia. Eu ainda estou tentando fazer uma história para ela através dos papéis que coloquei na exposição para as pessoas darem sugestões do que ela ouve, o que lê e o que gosta? Pra mim ela é um pouco de mim que eu coloquei no papel. Quando eu mando um quadro para outra cidade escrevo um papelzinho dizendo que a pessoa levou um pouquinho de mim.
• Você tem o costume de desenhar ouvindo música. O que você gosta ouvir?
Eu gosto de ouvir bastante música brasileira, mas adoro Beatles. Eles são uma inspiração pessoal. Assisto os filmes deles também.
• Quando você começa uma arte se dedica integralmente ou pausa um tempo para refletir?
Depende do momento. Às vezes fico o dia inteiro pintando. Nas últimas semanas me dediquei para a exposição e também fiz quadros novos, então fiquei 100% nisso. Mas, geralmente faço vários quadros ao mesmo tempo.
• Da onde vem as suas ideias?
Eu imagino e coloco Olívia em todos os lugares. Quando eu faço um quadro o desenho na minha cabeça já está pronto. Nem sempre sai o que eu pensei, às vezes mudo de ideia no meio do processo. Eu gosto também de girassóis porque eles têm um lugar fixo, mas se movem em direção ao que lhes fazem bem.
• Qual a sua percepção do mercado de quadros atualmente?
O Brasil é um pouco mais difícil, mas eu participo bastante de feiras de rua, onde levo quadros mais em conta. E como eu faço desenhos para bolsas, as pessoas levam uma arte em uma coisa que você vai usar, isso ajuda bastante. Acho que aos poucos está crescendo conforme as pessoas conhecem o meu trabalho.
