Ainda quero descobrir por que uma das cascatas mais imponentes da região se chama “Rasga Diabo”. Muito diferente da nomenclatura, a queda d’água de 135 metros é uma verdadeira obra de Deus. Um toque divino em meio à natureza de Vespasiano Corrêa.
Fui para lá no domingo com o Jean Hansen e alguns amigos do Brutus do Gaúcho. O rolê começou em uma propriedade particular, próximos dos enormes viadutos no caminho do ainda mais gigante V-13.
A trilha é dura. Inicia por propriedade particular e passa por dentro do arroio Rasga Diabo. Embora seja só seguir o curso d’água, recomendo que a primeira visita seja feita com alguém que já conhece o trajeto. Também indico preparo físico. Haja perna para passar em meio às pedras e mata nativa.
No mais, o caminho inteiro é contemplativo e de beleza natural ímpar. Há vários poços onde é possível dar aquele mergulho. Claro, sempre cuidando o nível da água que pode variar dependendo a época do ano.
Chegar a cascata vale todo o esforço. Os mais de 100 metros são divididos em três quedas. A água é fria. Mesmo assim, boa depois da trabalheira para chegar até lá. No domingo, tivemos a sorte de acompanhar a decida de rapel feita pela galera do Indiada Buena (Bento Gonçalves).
Nas redes sociais do A Hora e no Instagram @365_vezes_no_vale vai rolar vídeo da aventura. Bora lá assistir.
A Cascata Rasga Diabo fica na Linha Eduardo Guinle, em Vespasiano Corrêa, na Microrregião dos Viadutos. Vários caminhos podem ser feitos para chegar até a queda d’água, entretanto todos precisam passar pelo arroio.
Tem trilha? Bastante e nada fácil. O nível de dificuldade pode aumentar ou diminuir dependendo do nível do arroio. Necessário preparo físico.
Tem infraestrutura? Nada, só o que a natureza possibilita. Neste caso, bastante sombra das árvores e um poço bom pra mergulhar.
Tem custo? Único custo é o físico. Baixo se comparado à experiência de ficar frente a frente com a famosa Rasga Diabo.
Opinião
Fábio Alex Kuhn
Jornalista
Colunista sobre turismo.