Ano começa com força

Opinião

Adair Weiss

Adair Weiss

Diretor Executivo do Grupo A Hora

Coluna com visão empreendedora, de posicionamento e questionadora sobre as esferas públicas e privadas.

Ano começa com força

Ainda que estejamos em ano eleitoral, a economia começa dar sinais de melhora. A percepção positiva ainda não é realidade entre os assalariados, pois não sentem a diferença no bolso, seja na compra ou no próprio ganho.
Entretanto, com o desemprego em queda, juros baixos e perspectivas positivas no agronegócio, a classe empresarial vislumbra um ano promissor. A retomada da confiança entre os empreendedores faz os investimentos soltarem o freio.
No Vale do Taquari, os sinais estão por toda parte. O setor de TI – Tecnologia da Informação é um exemplo. A revista Pensar Lajeado, encartada na edição de hoje, denota o entusiasmo e as boas perspectivas. Empresas relativamente novas como Interact, STW, Solis, BIMachine e outras enxergam oportunidades exponenciais. Aliás, a BIMachine estrutura uma aceleradora em parceria com o escritório Lenz Contabilidade e investidores locais.
Revista Adair
Colados no Pro_Move Lajeado, estes players tendem a estimular outros negócios no entorno que assim criam um novo ecossistema pautado na transformação digital.
Mas, os setores tradicionais não deixam por menos. Agroindústrias, como Languiru de Teutônia e Dália de Encantado seguem sedentas por inovação e crescimento. Há poucos dias, a cooperativa encantadense inaugurou seu novo frigorífico de aves. A teutoniense avança fronteiras na comunicação digital, comercial e de governança, com os olhos na exportação.
O mesmo se verifica na Certel que, em 2020, reinicia um ciclo de investimentos na área de energia. Outra cooperativa em franca expansão é a Sicredi Integração RS/MG, cujo projeto retratamos na semana passada.
Igualmente, a Sicredi Ouro Branco avança sobre sua área de atuação até Triunfo, com possibilidade de chegar a R$ 3 bi de movimentação financeira em pouco tempo. Com a Sicredi Região dos Vales não é diferente. Tem área para crescer na região alta e deve chegar a casa dos R$ 4 bi administrados por ano.
Nesta esteira de evolução ainda podemos citar as cooperativas Arla de Lajeado, ValeLog de Arroio do Meio, Certaja de Taquari e Unimed VT/RP. Todas elas com arrojados projetos de expansão.
Empresas conhecidas como Fruki, Florestal, Docile, Vidraçaria Lajeadense, Girando Sol e várias outras seguem um ciclo natural de crescimento.
No setor do agro, alguns negócios como a Agropecuária Machado de Encantado e Construschoor de Lajeado, rompem fronteiras com soluções customizadas e inovadoras para outros estados. Na área de transportes, Scala, Tomasi e Scapini projetam guinadas interessantes.
No setor de alimentação, nossos supermercados locais IMEC e STR – para citar os principais – confirmam balanços interessantes em 2019 e projetam um 2020 otimista.
Poderia citar dezenas de outros negócios menores, todos com investimentos e inovações em curso. Esta soma confirma a retomada da confiança empresarial no Vale do Taquari, aliás, onde os fatores externos influenciam menos faz tempo.
E isso nos dá uma boa credibilidade para esperar um ano muito promissor, no mínimo por aqui.
Os gargalos a superar
Haverá eleições municipais. Serão escolhidos prefeitos e vereadores. Em épocas de vacas magras, este evento cívico costuma servir de esperança para mudanças estruturais. Neste ano, a expectativa nem é tanto por mudanças nos serviços públicos, mas nas reestruturações e reformas que as prefeituras e câmaras terão de fazer em seus municípios para não comprometer o futuro. Já escrevi aqui: se nada for feito, em 10 anos, a maioria dos nossos municípios estará inviabilizada.
Então, se a iniciativa privada está em passos largos para o desenvolvimento, chegou a hora de prefeitos e vereadores se preocuparem com a eficiência e austeridade pública. Para isso é preciso destravar alguns gargalos e vícios persistentes nos legislativos e executivos. E diminuir o custo fixo.
Os exageros não estão cristalinos aos olhos da população, mas precisam ser compreendidos e encarados pelos candidatos, e depois pelos eleitos. É deles a obrigação.
Com isso fecharemos um ciclo virtuoso, a continuar a tônica econômica do atual governo e seu projeto reformista para reestruturar a máquina pública.
Com prefeituras e câmaras mais enxutas, sobrará mais dinheiro para investir em obras e serviços básicos da população.


 
Plataforma especial
Celular
A publicação Pensar Lajeado, encartada nesta edição, está disponível no digital. O ambiente virtual exclusivo permite que o conteúdo seja compartilhado e lido em qualquer lugar, atendendo ao propósito de difundir nossa capacidade transformadora por meio do Pro_Move Lajeado e organizações envolvidas. O acesso é por meio de pensarlajeado.jornalahora.com.br
 


 
Menos manchetes e mais ação
coluna do adair
 
 
Alguém vai tentar usar o Porto de Estrela para faturar eleitoralmente. Ontem, o A Hora trouxe a matéria na capa, informando que tem uma agenda prevista com um representante do Governo para destratavar o complexo, “atirado às traças” faz anos.
A cada ano eleitoral, o tema do porto de Estrela ganha fôlego. Pessoalmente, penso que não passa de mais uma promessa para impressionar os menos informados, ainda mais às vésperas de um período eleitoral.
Se não usarem para fins eleitoreiros, o movimento é legítimo. Do contrário, são apenas manchetes para requentar um assunto que aparece com força quando alguém quer faturar politicamente.
Espero que a comunidade de Estrela não crie falsas expectativas e permita que alguém use de nova promessa. Afinal, já se perdeu a conta de quantos se elegeram em cima da reativação do porto, que até hoje não passou de manchetes.
Mudarei de opinião quando algo de concreto ocorrer com o Porto. Reconheço o esforço de muitos, mas às véperas das eleições me parece mais propaganda, do que algo sensato. Enfim, espero estar errado.

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