Reorganização de turmas na educação infantil preocupa pais

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Reorganização de turmas na educação infantil preocupa pais

Algumas escolas deixarão de ofertar vagas para o berçário. Secretária afirma que medida busca ofertar serviço de melhor qualidade

Reorganização de turmas na educação infantil preocupa pais

Com o objetivo de ofertar um serviço de melhor qualidade à comunidade, a Secretaria Municipal de Educação promoveu uma reorganização das turmas já existentes nas escolas municipais de Educação Infantil (Emeis) e de Ensino Fundamental (Emefs).

A medida tem deixado pais preocupados, pois alguns estabelecimentos deixarão de ter turmas do berçário (4 meses a 1 ano). Um dos maiores motivos de aflição é quanto a necessidade de longos deslocamentos para levar e buscar seus filhos nas escolas que mantém este serviço.

A secretária de Educação, Vera Lúcia Plein, diz que cada escola possui sua realidade e garante que o estudo para a reorganização levou em consideração as necessidades e a situação de vulnerabilidade de algumas famílias. “Vários critérios são analisados. Fazemos toda a averiguação e conseguimos fazer alguns encaminhamentos antes das escolas entrarem em férias”, explica.

Vera ressalta que há exemplos de escolas que tinham apenas cinco crianças para o berçário, mas 20 para a turma A (crianças de 1 ano a 1 ano e 11 meses completos). “Por isso, em algumas escolas, tivemos que abrir mais dessas turmas. Essas cinco crianças serão realocadas para escolas mais próximas ou onde ficar mais fácil para os pais”, comenta.

O número de turmas de berçários aumentou em relação ao ano passado, passando de 9 para 12, enquanto as de berçário/A (que contempla duas faixas etárias) reduziram de 13 para 4. “Essa readequação totalizou uma ampliação nestas faixas de turmas”, afirma Vera.

No aguardo
Funcionária de um supermercado, Mariane Schuster, 52, está preocupada com a situação da neta, de apenas sete meses. Ela está até o momento sem vaga garantida em creche, já que a escola procurada pelos pais, do bairro São Bento, não terá turmas de berçários em 2020.

“Minha filha mora no bairro Floresta. Mas na creche do São Bento, que é mais próxima, fecharam o berçário. Agora, estamos tentando vaga para ela na Emei que tem em frente a BRF. É nossa única opção. Se não der, aí já não sei o que fazer, pois não temos condições de pagar particular”, comenta.

Conforme Mariane, o genro deixou de trabalhar para cuidar da filha. “É complicado ter que ficar ou o pai ou a mãe sentado em casa, sem emprego. Temos apenas deveres, direitos não temos mais nada”, critica.

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