Os balneários com piscinas e atrações cada vez mais diversificadas. Campings à beira do rio bem estruturados. Cascatas que exigem certa “aventura” para serem acessadas. Quem optar pelo veraneio na região encontra uma gama de opções possíveis de atender desde os que podem investir mais até os que preferem um passeios mais baratos.
A professora Michele Cardoso e o motorista Aldrovando Barbieri, de Nova Bréscia, foram alguns que escolheram o verão no Vale do Taquari. Em plena quarta-feira, 15, lotaram um ônibus com cerca de 50 pessoas. Destino era um centro de lazer em Arroio do Meio, localizado a cerca de 20 quilômetros. “Facilita pois é próximo. Saímos de meio-dia, vamos nos divertir o dia inteiro e voltar para casa felizes sem fazer uma viagem longa”, destacou Barbieri ao falar das vantagens de passar o veraneio na região.
“O custo é acessível e a estrutura não perde para outros balneários mais longes. Se não houvesse um local perto, muitos não teriam condições de vir”, complementa Michele.
Investimento que dá certo
Localizado em Arroio Grande, o centro de lazer é administrado pela família Körbes. Após mais de duas décadas com pesque-pague, proprietários decidiram instalar piscinas com objetivo de ampliar as atrações e abranger um público maior. “Na pesca iam só os homens. Nossa ideia era ter algo para toda família”, comenta Neusa Körbes, 48.
Desde 2014, foi investido mais de R$ 1 milhão em toboáguas, quiosques, reforma de banheiros e até construção de uma loja de conveniência. Hoje, os açudes de pesca se tornaram apenas complemento do parque aquático. “Foi um investimento acertado”, ressalta.
Cerca de 20 mil pessoas passaram pelo balneário entre 2018/2019, cita Neusa. O público foi 55% maior que a temporada passada e deve ampliar ainda mais neste veraneio. O centro de lazer abre de terça-feira a domingo, das 10h às 20h. O custo é R$ 20 durante a semana e R$ 25 no fim de semana.
Na beira do rio
Um ambiente familiar com natureza que encanta. Essa é a explicação de Astor Fuchs para o sucesso do camping instalado nas terras da família, em Marques de Souza.
O empreendimento iniciou em 1993 de forma modesta. Fuchs construiu um bar de madeira e vendia bebidas aos frequentadores da beira do Rio Forqueta. Um ano depois, já surgiram as primeiras barracas.
Com a fama se expandindo, pessoas de toda a região começaram a frequentar o espaço de lazer. “Um dia veio um homem pedir onde ficava o Camping da Pedra por causa de uma rocha que tem próximo, na BR-386. O nome acabou pegando”, conta.
Atualmente, o balneário tem 20 casas, praça para crianças e campo de futebol e vôlei. O bar ,agora de alvenaria, também vende lanches e produz até pizza em metro nas noites de sábado. “Tem gente que deixa de ir pra praia pra passar o veraneio aqui. Num domingo de sol, nosso público chega a 400 pessoas”, relata.
Custo para passar o dia no camping é R$ 7 nos fins de semana e feriados com presença de salva-vidas. Durante a semana, entrada é gratuita.
Em Marques de Souza existem outros dois espaços para banho abertos ao público. São os campings do Germano e Riacho Doce, ambos instalados na Linha Perau.
Popularização das cascatas
A falta de infraestrutura e acesso difícil não impede que cascatas como a Santa Rita atraiam dezenas de pessoas. Gratuito, o ponto turístico de Estrela segue sendo um dos locais mais populares para banho e acampamentos nos dias quentes do ano.
Em 2017, a área de 1,6 hectares em Linha São Jacó foi concedida para a empresa Salis Engenharia, de Porto Alegre. O contrato com duração de uma década prevê trilha guiada, área de recreação com churrasqueiras, banheiros ecológicos, lixeiras e mesas de proteção, além de usina de geração de energia e parque temático.
A necessidade de licenças obrigatórias da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) trava a obra. Permissão deve ser adquirida pela Salis Engenharia até fevereiro deste ano, conforme prevê edital. Investimento da empresa pode chegar a R$ 5 milhões .
Veja as opções da região: