O debate sobre o câncer de mama precisa ser feito durante o ano inteiro. A doença é a maior causa de morte por câncer nas mulheres em todo o mundo. É a segunda causa de morte por câncer nos países desenvolvidos, atrás somente do câncer de pulmão, e a maior causa de morte por câncer nos países em desenvolvimento.
Trata-se de uma das doenças que mais acometem mulheres no Brasil. Estima-se que uma em cada 12 mulheres recebe diagnóstico de um tumor nas mamas até os 90 anos. Em nível nacional, estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que, a cada ano, cerca de 60 mil novos casos da enfermidade são diagnosticados.
De todo o território brasileiro, a região Sul é a área com os índices mais preocupantes (11 mil em 2016), e o RS concentra cerca da metade dos casos (5,2 mil).
Embora o câncer de mama seja considerado de bom prognóstico quando diagnosticado e tratado de forma precoce, as taxas de mortalidade continuam elevadas no país, muito em função de que a doença costuma ser diagnosticada em estágios já avançados. Nesse cenário, o diagnóstico precoce é fundamental, pois as chances de cura podem chegar a 95% quando o tumor é descoberto no início.
A edição do A Hora deste fim de semana trás nas páginas 10 e 11 a história da jornalista Nicole Morás, que conseguiu ressignificar a luta contra a doença. Em meio ao luto familiar devido à recente morte da mãe, Nicole foi diagnosticada com um tumor no seio e transformou o enfrentamento em uma bandeira de vida.
Por meio do seu talento enquanto comunicadora, passou a escrever e divulgar conteúdos nas redes sociais sobre as experiências vividas, trocando informações e relatos com pessoas de diversas partes do mundo. Além de criar uma ampla rede de apoio, o projeto conscientiza mulheres sobre a importância da prevenção.
O exemplo de coragem de Nicole é emocionante e inspirador, e merece todo o apoio da comunidade regional. Mais do que isso, é capaz de salvar vidas e sensibilizar a população sobre um dos temas de maior relevância na área da saúde.
