A iminência de uma Guarda Municipal em Lajeado agitou os bastidores da política. A polêmica da vez é: quem é o pai (ou a mãe) desta solução que nem é tão inovadora assim para a cidade? Marcelo Caumo (PP) ou Márcia Scherer (MDB)? Acreditem. Até isso deve ser usado no jogo político que decidirá pela aprovação – ou não – do projeto no plenário da Câmara.
Desde que anunciou a intenção de criar a Guarda Municipal, o atual prefeito enfrenta críticas de opositores. Para eles, a ideia pertence a emedebista Márcia Scherer, segunda colocada no pleito de 2016. E mais. Segundo os opositores, o Partido Progressista teria se posicionado contra essa ideia durante a campanha, com críticas fortes à proposta.
Nesta semana escrevi sobre as projeções do Executivo, que pretende encaminhar o projeto de lei em janeiro e, se aprovado, lançar concurso público para 10 guardas municipais já em março deste ano. Citei, também, que a medida era uma promessa de campanha do atual prefeito. Fui fortemente interpelado. Mas reforço. Era uma promessa de Caumo.
No documento com as propostas da coligação Juntos Podemos, formada por PP, PSDB, PSD e PMN, consta: “Estudo para projeto piloto de Guarda Municipal em pontos chaves da cidade”. O estudo foi feito e agora o projeto de lei vai para a câmara.
Márcia Scherer, porém, tem certa razão em reclamar. Não foram poucos os correligionários do próprio PP – ou simpatizantes do partido e de coligados – que apoiaram as fortes críticas direcionadas à Delegada, tudo em função do número de guardas municipais proposto na campanha dela. Textos nas redes sociais alertavam para os riscos financeiros – da época – para a um projeto de tamanha magnitude. Foram centenas de compartilhamentos.
Mas uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa. Caumo de fato vislumbrava uma Guarda Municipal – disse isso inclusive em entrevista ao A Hora, durante a campanha – e está cumprindo o desejo. A Delegada Márcia também vislumbrava, mas não pode atribuir aquelas severas críticas de outrora ao atual prefeito. Pelo contrário. O fato de o governo colocar em prática uma ideia que também era dela é fato a ser comemorado. Ou não?
Para muitos, não. Pré-candidato a prefeito pelo DEM, o ex-chefe da Defesa Civil de Lajeado, Gilberto Schmidt, foi claro em uma postagem no Facebook. Citou a polêmica sobre o pai ou a mãe da proposta, e é voto contrário à proposta. “Espero que câmara não aprove e que possa ser avaliado pelo próximo governo, no sentido de realmente termos uma Guarda Municipal técnica, tática e funcional, e não atirar no colo da população um engodo pré-eleitoreiro.”
Este pensamento já é compartilhado entre correligionários de outros partidos de oposição ao governo municipal. Ou seja, a proposta da Guarda Municipal terá muitas dificuldades para ser aprovada em plenário. E reforço: o prefeito precisa se articular melhor com o Legislativo, sob o risco de ver desabar parte do planejamento de 2020.
Tiradentes e Delegacia da Mulher
O decreto confirmando um Colégio Tiradentes para Lajeado em 2021 está na iminência de ser publicado. A ideia é usar as dependências da Escola Estadual Manuel Bandeira. Outros espaços são avaliados. O Governo Municipal também avalia um novo local para a Delegacia da Mulher.
Ironia do destino
Em Estrela, uma lei criada pelo vereador Darlã Bellini, do PSB, pode vir a causar a exoneração do único secretário municipal do partido, Hilário Eidelwein. Responsável pela área do Meio Ambiente, Eidelwein viu sua condenação ser mantida pelo Tribunal de Justiça no caso que investiga direcionamento de licitação para compra de lixeiras. Com isso, ele se enquadra na lei de Darlã sobre Ficha Limpa na administração municipal, e precisaria ser exonerado.
Encontro do G-10
Encantado sediou a primeira reunião do G-10 de 2020. Entre os prefeitos a pauta foi a UTI do Hospital Beneficente Santa Terezinha. Entre os vereadores, o debate foi conduzido pelo presidente da Câmara de Encantado, Diego Pretto (PP). Na foto, ele está ao lado Veridiana Alba (PDT), de Doutor Ricardo; Marisa Parisotto (MDB), de Arvorezinha; Cristiano Laste (PP), de Nova Bréscia; Mateus Trojan (MDB), de Muçum; Claudio Moraes (PTB), de Anta Gorda; Paula Bampi (MDB), de Relvado; e Felipe Dalpian (PDT), de Coqueiro Baixo.
PP em Teutônia
Presidente municipal do PP, Mareli Vogel não descarta concorrer para prefeita em outubro. Ela já foi presidente da Câmara de Vereadores e hoje ocupa cargo estadual no governo de Eduardo Leite. No entanto, a ex-vereadora enfrentaria forte resistência interna no PP teutoniense e dificilmente sairia algo de produtivo nesta queda de braço.
O caminho dela só ficará livre se alguns agentes públicos trocarem de partido. Entretanto, ela demonstra cautela. “O PP de Teutônia é um partido que desde o início da emancipação participou do processo político e da gestão. Temos vários nomes com potencial e à disposição do partido para disputar o próximo pleito. O PP vai estar na disputa majoritária em 2020”.
Tração animal
O Governo de Lajeado ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra a lei criada e promulgada na Câmara de Vereadores – diferente da lista de servidores terceirizados, que foi sancionada pelo prefeito –, que sugere a redução gradativa de veículos de tração animal.
O PT e as mulheres
Em Arroio do Meio, o PT é formado basicamente por mulheres. E o tema vem sendo utilizado em pesquisas internas. O grupo quer entender melhor o que o eleitorado arroio-meense pensa sobre as mulheres na política. Hoje, a cidade já possui uma vice-prefeita…
