O tema sobre crianças desaparecidas comove a todos. Há dois anos, mais precisamente no dia 13 de janeiro de 2018, realizei uma reportagem especial sobre jovens, bebês e adolescentes que desapareceram em um piscar de olhos no Vale do Taquari. Conversei com pais, tios, irmãos e constatei: em todos os casos, a dor não passa. E eu verifiquei, também, que as investigações sobre a maioria dos casos é absolutamente ineficaz.
Nesses dois anos a situação só piorou. Ao finalizar a matéria, lá em 2018, lembro bem a frase de um delegado. “Não há um setor específico para investigar desaparecidos”. Quase inoperante diante da escassez de pessoal e equipamentos, acrescentou. “Há um agente que disponibiliza uma parte do tempo para organizar. Mas ele será transferido”. E foi assim. A única pessoa – mais ou menos – responsável pelo tema deixou seu posto.
Também não houve novidade em relação aos casos abordados na referida reportagem. O drama da mãe de Cristiano dos Santos – desaparecido desde 30 de janeiro de 2008 –, Maria Rejane, persiste. Também não há respostas no lar de Otília Henicka, mãe de Alexandre, que desapareceu aos dois anos, na década de 80, também no município de Arroio do Meio.
Para sorte da polícia – e dos familiares e amigos –, a grande maioria dos casos é resolvida sem grandes contornos. Cerca de 80%, disse-me outro delegado. São jovens rebeldes, adolescentes desiludidos ou pessoas com problemas de saúde. Reaparecem logo. Mas diante da inoperância do sistema, muitos permanecem no confuso banco de dados da policia.
Digo tudo isso para alertar sobre as dificuldades que Lajeado vai enfrentar logo adiante. Com os novos softwares de inteligência e as modernas câmeras de vigilância, será possível o reconhecimento facial por meio das imagens captadas pelos aparelhos em diferentes pontos da cidade. Uma novidade e tanto, é claro. Mas que certamente restará prejudicada em função de um atraso inexplicável no compartilhamento do Banco de Dados da Segurança Pública.
Sincronismo
“Quem está afirmando que as sinaleiras estão funcionando bem está tentando tapar o sol com a peneira”, a frase de um internauta demonstra insatisfação com os semáforos no São Cristóvão, em Lajeado. Sérgio Schneider, do Departamento de Trânsito, explica: “Os mecanismos são controlados individualmente e, de dez em dez dias, são reguladas para o sincronismo.”
Reunião do G-10
Gestores municipais e vereadores de Nova Bréscia, Putinga, Anta Gorda, Itapuca, Encantado, Relvado, Arvorezinha, Doutor Ricardo, Ilópolis e Coqueiro Baixo se reuniram na noite de ontem, em Encantado. Houve reunião com os prefeitos, encontro entre presidentes de Câmaras Legislativas e jantar cortesia da Administração Municipal anfitriã. A região alta historicamente busca se articular de forma separada. Boa ou ruim, a realidade é esta!
Ecobé e o agrotóxico
A foto é da jornalista e amiga Laura Peixoto. A placa foi instalada pela ONG Ecobé na Av. Alberto Pasqualini, entre as ruas Ceará e Piauí, no bairro São Cristóvão, em Lajeado. A mensagem dos voluntários é contra o abuso de agrotóxicos no prato e na mesa dos brasileiros. Segundo eles, cada pessoa ingere mais de 5 litros de agrotóxico por ano. O site da entidade divulga mais informações sobre o tema. Está feito o registro!
Transparência e Justiça
Sobre a divulgação da lista de servidores terceirizados no site oficial do município de Lajeado, o governo avisa que foram oficiadas as empresas citadas na ação judicial que obriga a aplicação da lei criada na Câmara. São três empresas na área de vigilância, a Univates – com o contrato para gestão dos Postos de Saúde – e a Arki.
O governo aguarda as listas de servidores dessas cinco empresas e deve publicar a lista no site. Mas o prefeito Marcelo Caumo avisa. “O Executivo vai cumprir a decisão liminar, mas reforça o entendimento de que a lei é ilegal. Vamos ajuizar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra a lei aprovada e promulgada pela Câmara.”
Univates e a creche
O avanço da Universidade do Vale do Taquari (Univates) sobre o mercado assusta alguns empresários. Mas o Governo de Lajeado está confiante na aposta de utilizar a credibilidade da instituição de ensino cinquentenária para assumir serviços primordiais à população.
Reforma na Câmara
Em Encantado, o presidente da Câmara de Vereadores Diego Pretto (PP) fala sobre as obras na casa do povo. “Estamos reformando o teto. Já finalizando a parte externa e encaminhando a parte interna.” Sobre projetos e afins, ele adianta. “Vamos promulgar a lei do orçamento com as emendas.” Lá, o Executivo vetou as emendas, mas o legislativo derrubou os vetos.
Articulação
Membros da base aliada alertam: a falta de articulação do prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo (PP), com os membros do Legislativo – especialmente os vereadores de Oposição – pode comprometer o planejamento de 2020.