Nas próximas semanas reinicia a cobrança de pedágios na BR-386. O maior impacto para os motoristas da região será no trecho entre o Vale do Taquari e a Região Metropolitana. Vamos pagar dois pedágios para ir a Porto Alegre, e pagaremos os mesmos dois pedágios em Paverama e Montenegro sempre que voltarmos da capital gaúcha. Um peso forte nos bolsos do contribuinte e nos cofres das empresas. Por isso, é preciso aproveitar ao máximo as melhorias para tornar a região ainda mais atraente.
A rodovia estava em vias de restar intransitável. Faz poucos meses, o trecho urbano entre Estrela e Lajeado envergonhava a nossa região. O “cartão de visita” aos turistas, investidores, estudantes e trabalhadores das mais diversas áreas era buraco atrás de buraco. Escuridão à noite. Falta de sinalização constante e mato invadindo o acostamento. Uma vergonha para um Vale tão bem projetado na economia regional, estadual e nacional. Era preciso fazer algo.
Apesar da duplicação recente – e delongada – do trecho entre Tabaí e Canoas, a BR-386 ainda está muito atrasada em relação a outras tantas rodovias Brasil afora. Desde a década de 70, o número de veículos leves e pesados transitando pelos 445 quilômetros entre Canoas e Iraí aumentou de forma desproporcional à capacidade de garantir segurança aos seus usuários. O trecho da serra de Pouso Novo é um exemplo trágico.
O contrato firmado com a concessionária parece bem “amarrado”. As poucas obras de alargamento ou duplicação por parte de outras concessionárias traumatizaram – e ainda traumatizam – o Vale do Taquari e, diante disso, o envolvimento de líderes regionais foi crucial para garantir, ao menos no papel, obras no mínimo condizentes com o peso das tarifas no bolso do cidadão.
É um novo mapa. Cercada de pedágios – há praças na ERS-130, em Cruzeiro do Sul, e na ERS-129, em Encantado –, a região precisa se tornar ainda mais atraente para seguir atraindo investidores, trabalhadores, especialistas, estudantes e empresas. Vias duplicadas, passarelas, manutenção, iluminação, videomonitoramento e atendimento médico e mecânico na BR nos tornam mais atrativos. Mas ainda não sabemos o tamanho do impacto desses dois pedágios em 100 quilômetros.
Reajuste salarial
Na quarta-feira foi realizada a primeira Sessão Ordinária de 2020 da Câmara de Arroio do Meio, já sob a presidência do vereador Luis Both (MDB). Três projetos do Poder Legislativo estavam na ordem do dia. Todos tratavam do reajuste salarial de 3,3% para o prefeito, vice-prefeito, secretários municipais e vereadores. Com isso, o salário dos vereadores passa a R$ 4,8 mil – o presidente da Câmara recebe R$ 7,1 mil. O prefeito passa a ganhar R$ 22,1 mil; o vice, R$ 7,1 mil; e o salário dos secretários municipais ficou estipulado em R$ 8,1 mil.
Transporte público
Ficou em R$ 3,93 a tarifa base do transporte público de Lajeado. Venceu a empresa Expresso Azul, com sede na cidade. Venceu por meio de sorteio, já que o consórcio concorrente, formado pela Viação Sartori e Turismo Barcelos, apresentou a mesma proposta de tarifa. A apresentação das propostas foi transmitida ao vivo no Youtube (imagem). Ainda há prazos para recursos e afins. Mas enfim foi dado o primeiro passo após mais de 30 anos de serviços sem processo licitatório. A projeção é de melhorias em todo o sistema. Vamos aguardar!
Secretários nas eleições
Dando sequência ao tema “Secretários nas eleições”, vamos falar sobre Arroio do Meio. De acordo com estrategistas, ao menos três secretários municipais podem deixar o governo em abril. Entre eles, Gustavo Zanotelli, da Saúde; Paulo Heck, da Secretaria de Obras; Henrique Meneghini, da Secretaria de Indústria e Comércio. Quem também é cotada para concorrer para vereadora é Rose Grassi, do setor de Meio Ambiente. Mas por ora são apenas especulações…
Seis locais em 18 anos…
O Abrigo São Chico, em Lajeado, passa pela sexta mudança de endereço em menos de duas décadas. A mais recente troca de sede iniciou nesta semana, e são os próprios internos que auxiliam no serviço de frete e monta e desmonta de móveis. O excesso de mudanças denota falta de planejamento por parte do principal mantenedora da entidade, o Poder Público. A dificuldade gerada pelos conflitos com vizinhos é histórica. Mas o problema está muito mais abaixo!
Movimentações
Em Forquetinha, agentes públicos e correligionários da Situação acompanham as movimentações do ex-prefeito Waldemar Richter, agora no PSDB. A princípio ele não participaria do pleito municipal de outubro. Entretanto, muitos apostam que ele ainda possui forças para ser o fiel da balança nas eleições. E como ele não apoia Paulo Grunewald (PP), deve ter Progressista arrependido de ter refutado Richter em um passado não tão distante. Outros estão ainda mais preocupados com uma eventual dobradinha de Oposição com Richter e Marcelo Schmitz (PTB).