A pentavalente e o debate sobre as vacinas

Editorial

A pentavalente e o debate sobre as vacinas

Uma das principais vacinas para imunizar crianças recém-nascidas no Brasil está em falta. Trata-se da pentavalente, aplicada aos 2, aos 4 e aos 6 meses de vida, para proteger contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e meningite. Em todo o…

Uma das principais vacinas para imunizar crianças recém-nascidas no Brasil está em falta. Trata-se da pentavalente, aplicada aos 2, aos 4 e aos 6 meses de vida, para proteger contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e meningite.
Em todo o território nacional, tanto na rede pública como privada, hospitais e postos de saúde enfrentam dificuldades em ofertar as doses do medicamento desde o ano passado. Em dezembro, o problema se agravou com o esgotamento da maior parte dos estoques.
Segundo o Ministério da Saúde, a situação foi ocasionada porque uma remessa de pentavalente adquirida por meio da Organização Pan-Americana da Saúde foi reprovado em testes de qualidade do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde e da Anvisa.
Ainda durante o mês de janeiro, garante o Ministério, o problema será solucionado e as vacinas deverão estar à disposição da população. O país demanda normalmente 800 mil doses mensais dessa vacina. O Brasil ainda não produz a pentavalente e, portanto, precisa importá-la. E são poucos os laboratórios no mundo que a fabricam.
Mesmo que essa vacina proteja contra doenças que estão controladas no país, esse desabastecimento é preocupante porque reduz a cobertura vacinal. Para as famílias com crianças na idade da vacinação, resta esperar pela normalização da distribuição ou buscar a rede privada, onde o medicamento está cada vez mais escasso.
Além de colocar as famílias em alerta, o tema remete a um debate maior sobre a importância de manter em dia as vacinações, apesar do desabastecimento.
Órgãos públicos de saúde acompanham com atenção uma constante queda nos índices de vacinação pelo país. Esse é um fenômeno visto nos últimos oito anos. Ainda que a redução seja pequena, é contínua e mostra uma tendência para o ressurgimento de doenças até então extintas.
Mais do que nunca, ações de conscientização e o combate às fakenews que levantam dúvidas sobre a eficiência da vacinação são fundamentais para manter a nação protegida de velhas mazelas.

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