A Petrobras confirmou nessa sexta-feira novo aumento nos preços da venda do gás liquefeito de petróleo (GLP) nas refinarias. O reajuste vale para todo o tipo do insumo, do residencial, conhecido como gás de cozinha nos botijões de 13 quilos, até o industrial e comercial, de 20 kg, 45 kg e acima de 90 kg, incluindo a granel.
Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustível (ANP), em novembro, o preço médio do botijão de 13 kg se aproxima dos R$ 70. No entanto, os preços são livres e variam de acordo com os postos de venda aos consumidores. Em Lajeado, as distribuidoras ainda não repassaram o preço para o consumidor. Com a entrega e instalação, o gás de cozinha custa R$ 75.
Esse foi o terceiro aumento seguido no preço do gás e o sexto no ano. Conforme análises técnicas, considerando que a matéria-prima representa cerca de 54% do preço, o impacto aos consumidores pode variar entre 2% a 3%, desde que seja feito apenas o repasse do aumento dos preços nas refinarias da Petrobras.
Política nacional
A definição do preço é estipulada a partir de acompanhamento das cotações internacionais, usando médias dos últimos 12 meses. O objetivo é evitar o repasse de efeitos sazonais para os consumidores brasileiros, como aumento do consumo durante o inverno no hemisfério norte.
Desde 2005 a regra era que o gás envazado em botijões de até 13 kg devereia ser vendido para distribuidoras com preços menores do que os industriais e comerciais. No entanto, a Petrobras vendia o gás de cozinha por preços mais baixos do que os maiores.
Em agosto, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) decidiu encerrar a política de preços diferentes entre os botijões, liberando a estatal para equalizar os preços, sob o argumento de que a política anterior causava distorções e afugentava investidores.
Conforme o governo, 70% do volume de gás e de cozinha vendido no país é usado para o envase de botijões de 13 quilos. Isso indicaria que o produto não é só para a população de baixa renda.
