Região cria quase 3 mil vagas de trabalho desde janeiro

EMPREGABILIDADE

Região cria quase 3 mil vagas de trabalho desde janeiro

Em novembro, setor de serviços superou a indústria como maior responsável pela geração de oportunidades. Dados do Caged apontam que, desde janeiro, segmento abriu 37 % dos postos de trabalho

Região cria quase 3 mil vagas de trabalho desde janeiro
Vale do Taquari

Em março, Lucas Antônio Wunder de Freitas, 20, iniciou seu estágio curricular em uma imobiliária do Centro de Lajeado. Ele estava perto de concluir o curso técnico em Transações Imobiliárias na Univates – o que ocorreu em agosto. O reconhecimento pela dedicação ao trabalho veio quatro meses depois, com a efetivação.

“Gostaram muito do meu serviço. Então, recebi a proposta para permanecer na empresa e fui contratado em definitivo”, comenta Lucas, que atua como consultor de condomínios, mas também dá suporte no atendimento e outras atividades.

A contratação de Lucas aponta para uma tendência na região: a criação de vagas de emprego para a prestação de serviços. Desde janeiro, foram abertos 1.110 novos postos de trabalho nesse setor, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia. Nenhum outro setor apresenta um saldo tão positivo neste ano.

Esse crescimento, para a professora do Centro de Gestão Organizacional da Univates, Bernardete Cerutti, tem a ver com as características da região. “Está relacionado ao número de micro e pequenas empresas de serviços, responsáveis pela movimentação econômica onde atuam, e mesmo sendo de pequeno porte, somam a maior parte dos rendimentos nos municípios”, explica.

Diversidade econômica

Entre janeiro e novembro deste ano, a região teve 38 mil admissões e 35,1 mil demissões, resultando em um saldo positivo de 2.929 postos de trabalho. No mesmo período em 2018, por exemplo, foram somente 1,8 mil vagas criadas.

Novembro teve uma desacelerada na criação de vagas de trabalho na região, com 69 novos postos. Maio e junho, que registraram mais demissões do que admissões, seguem com os piores números do ano. Já fevereiro, com saldo positivo de 939 vagas, apresentou o melhor resultado de 2019.

Para Bernardete, o Vale é uma região que se diferencia pela diversidade de atividades econômicas. “Temos indústria, comércio e prestação de serviços, e mesmo que se alternam em determinados momentos em função da instabilidade econômica e política do país, os efeitos da crise são menores”, comenta.

Maiores municípios

As seis cidades mais populosas do Vale do Taquari continuam com saldo positivo na geração de empregos em 2019. Lajeado, por exemplo, criou 1,3 mil novos postos de trabalho desde janeiro.

A surpresa fica por conta da queda de Teutônia, que ocupava a segunda posição na geração de empregos. Após fechar novembro no vermelho, o município está com um saldo inferior aos de Arroio do Meio, Encantado e Estrela.

No Rio Grande do Sul, o saldo acumulado do ano é de 36,3 mil postos de trabalho. No país, desde janeiro, são 948,3 mil vagas com carteira assinada. Mas é preciso ter cautela com a situação.

“Há 12,5 milhões de desempregados e mais de 32 milhões de pessoas na economia informal. É preciso maior investimento do governo no potencial interno do país, gerando emprego e renda para que o consumo aumente e, consequentemente, as empresas produzam mais”, avalia Bernardete.

 
 
 
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